23 de jun. de 2009

FNDCA realiza encontro de adolescentes e educadores

A realização de um encontro anual com adolescentes que participam dos projetos desenvolvidos pelas Entidades Filiadas ao Fórum Nacional DCA. Esta foi uma das principais reivindicações apresentada pelos mais de 100 participantes do I Encontro de Adolescentes do FNDCA, realizado na semana passada, em Brasília. O evento, que também contou com a participação de educadores, teve como objetivo promover o direito à participação.
Durante quatro dias, os participantes estudaram a Convenção Internacional dos Direitos da Criança da ONU, o Estatuto da Criança e do Adolescente e debateram temas como as representações sociais da infância, participação, incidência, diagnóstico, planejamento e obstáculos contra a participação, entre outros.
Uma das características mais marcantes do evento foi a diversidade. O encontro reuniu meninos e meninas (entre 13 e 17 anos), de todas as regiões do País, das mais diversas condições sociais, culturais e econômicas e de raças e etnias diversas. No mesmo espaço, conviveram representantes de tribos Kambiwa, Terena e Guarani com adolescente com deficiência, brancos, negros, retratando bem a pluralidade da sociedade brasileira.
Apesar das diferenças, todos os adolescentes apresentaram a mesma preocupação com o futuro e as dificuldades que encontram para assegurar os seus direitos e para se expressar.
O adolescente Deyvid da Silva Ferreira, 16 anos, de Rio Branco (AC), participante do movimento estudantil e representante no evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ressaltou o conhecimento que levará do Encontro. “Convivemos com pessoas de todo o Brasil e com pensamentos diferentes. Trocamos conhecimentos e construímos juntos. Agora tenho mais condições de brigar pelos meus direitos com a consciência de que os adolescentes também fazem parte da sociedade”.
Para o educador José Ricardo de Oliveira, do Cendhec de Pernambuco e representante da Anced, o I Encontro de Adolescentes do FNDCA vai se tornar um marco histórico no exercício do direito à participação. “Teremos sempre que nos referir a antes e depois do Encontro por conta de sua importância e sucesso”, assinalou.
No último dia do Encontro, os participantes desenvolveram o aprendizado em oficinas de artes plásticas, fotografia, teatro, modelagem, blog, jornalismo, palhaço e música. As apresentações surpreenderam e emocionaram a todos. Todos os grupos esbanjaram criatividade, esperança e deixaram claro suas principais preocupações: cidadania, educação, moradia, convivência familiar e comunitária, respeito à desigualdade, acesso à informação, entre outros.
O blog produzido durante o Encontro teve como tema a educação inclusiva e homenageou Matheus, o adolescente com deficiência participante do evento. O blog pode ser acessado no endereço
http://matheusapae.blogspot.com/.
Gerardo Sauri Suarez, Diretor Executivo da Red por los Derechos de la Infancia México, representante da REDLAMYC (Rede Latino-Americana e Caribenha pelos Direitos da Criança e do Adolescente – rede da qual o FNDCA integra) dentro do Conselho Consultivo de ONGs para o estudo da ONU sobre violência contra a criança da América Latina, foi o facilitador do evento.
A KNH foi mais uma parceira dessa brilhante iniciativa e enviou como seus representantes, 6 adolescentes. Um Adolescente do SUL, uma Adolescente do Nordeste e Ana Paula, Talisson, Mariana e Joyce representado o regional SECO
Fonte: Rapidim ANO 9 - Nº 122 – 2 de JUNHO de 2009
COLUNATIVA

segue texto enviado pelos Jovens Jornalistas:
“O evento trouxe conhecimento teórico e prático para todos os adolescentes e educadores. Na fala dos adolescentes, muito se colocou sobre o adultocentrismo, ação cotidiana, que é a tomada das decisões pelos adultos, mesmo quando há participação de adolescentes, que acaba sendo só simbólica.
Na concepção dos educadores, o Encontro traduziu claramente a angústia dos adolescentes quanto à sua participação em processos de discussão. Ou seja, não adianta eles debaterem algo, se sentirem importantes naquele processo, mas não influenciar em nada na conclusão. Embora isso não signifique que o adolescente deve decidir ou mesmo falar tudo da forma quiser, pois a orientação do adulto e também sua contribuição podem ajudar.
Os adolescentes querem ser ouvidos e que suas opiniões tenham influencia na mudança dos problemas observados. Portanto, que tenham espaços de fala, defesa e debate voltados às políticas publicas e aos direitos da criança e do adolescente nos fóruns, nas conferências e nos conselhos de direitos (municipais/regionais, estaduais até chegarem ao nacional).
A partir da experiência trocada e do aprendizado adquirido no Encontro, é possível concluir que, com cooperação de ambas as partes, podemos ter participação não simbólica no Brasil."

Ana Paula Felix, Mariana Teixeira e Talisson Leite (Serpaf - Projeto Jovens jornalistas)

"A efetivação da doutrina da proteção integral nas instituições que desenvolvem o atendimento de Asema"

Trabalho de monografia, de um colega da KNH Brasil SUL, apresenta um diagnóstico acerca da efetividada edo reordenamento institucional realizado por algumas entidades que, no municípiode Porto Alegre/RS, executam a medida de proteção de Apoio Socioeducativo emMeio Aberto (ASEMA) sob o paradigma da doutrina da proteção integral (legalmenteconsolidado na Constituição Federal de 1988 e no Estatuto da Criança e doAdolescente/ECA – Lei 8069/90), bem como visa identificar resquícios da superadadoutrina da situação irregular (derivada do extinto Código de Menores). Nestetrabalho investigativo, transitou-se pela análise do processo histórico de constituiçãodas instituições e dos serviços destinados a atender às necessidades da populaçãoinfanto-juvenil, do perfil dos vínculos constituídos dentro destes espaços, de suasrelações com os demais atores sociais, da ênfase na ação focada na defesa dodireito à convivência familiar e comunitária, e da conceituação destas duas vertentesparadigmáticas: as doutrinas da situação irregular e da proteção integral.Desenvolvendo uma pesquisa qualitativa acerca das manifestações, práticas erotinas explicitadas pelas entidades de atendimento e por suas equipes técnicas ediretivas, visa-se atestar a incidência dos princípios da doutrina da proteção integralno dia-a-dia da vida institucional, bem como identificar resquícios da concepçãomenorista e institucionalizante. Procurando estabelecer alguns limites/parâmetros aoleque de possibilidades de estudo e análise, a pesquisa focou-se na relação com afamília e a comunidade, nas atividades pedagógicas, nos instrumentos de gestão,nas terminologias e nas articulações. Nestes cenários identificaram-semanifestações e práticas que atestam a consolidação do efetivo reordenamentoinstitucional a partir da visão garantista contida no ECA e a presença de algumasações e posicionamentos que ainda se mantêm atrelados à superada doutrina dasituação irregular.
O documento da Especialização em Direito da Criança e Adolescente pela Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul está disponível para download através do linck:

http://www.scribd.com/doc/16730660/MONOGRAFIA-Aefetivacaodadoutrinadaprotecaointegral

Desejamos que a leitura do documento agregue conhecimentos e amplie nossas práticas e intervenção institucional.

II Seminário Tecendo Vidas, Fomentando sonhos, Construindo novas relações sociais através do Protagonismo



O Seminário foi um sucesso!!!

98 adolescentes entre 11 e 18 anos, de cinco estados Brasileiros

58% mulheres 42% homens

R$52.694,96 investidos


Mais de 160 pessoas envolvidas com o foco em consolidar ações e experiências que
possam ser replicadas pelas entidades e projetos parceiros, principalmente através da participação dos adolescentes para a promoção, defesa e controle das políticas locais, estaduais e/ou nacional de garantia de direitos das crianças e adolescentes.
Reunimos-nos em Sabará para discutir com especialistas, temas de grande interesse para todos. Como também para aprender com as experiências dos adolescentes e jovens do Instituto Padre Cunha, da Casa da Juventude, da Ação Educativa, do projeto Nossa Terra Solidaria, do projeto Construindo Cidadania de Vila Claudia, do projeto Roça Grande Melhor, do INESC, da Casa de Animação, do projeto Meu corpo meu Bem, do SERPAF, dos Jovens Jornalistas, que prepararam as oficinas com um método de ação educativa e social capaz de possibilitar ao jovem o desenvolvimento da sua cidadania, por meio de geração de espaços e situações propiciadoras da sua participação criativa, construtiva e solidária na solução de problemas reais na escola, na comunidade ou na sua família.
Os cinco dias de seminário mostraram que falar em mobilização e participação de adolescentes implica em discutir algumas questões iniciais, como papel e a função da escola, dos projetos, da comunidade e da família frente às demandas trazidas por eles, especialmente no tocante à formação de cidadãos.


Aprendemos assim, os Fundamentos Básicos do Protagonismo:
  • O adolescente é parte da solução e não pode ser considerado problema;
  • A criança e adolescente é parceiro e interlocutor da equipe de educadores;
  • É preciso apoiar nas forças e não nas fraquezas;
  • O adolescente é fonte de iniciativa (ação) liberdade (opção) e compromisso (responsabilidade);
  • A ação protagônica é um caminho para sair do conceito de participação e chegar à prática autêntica;
  • Uma visão sistêmica do protagonismo juvenil tem a participação como base, cooperação como meio e a autonomia do adolescente como fim;
  • Um projeto social de qualidade ajuda a criança e o adolescente a construir sua identidade e seu projeto de vida.
As apresentações do seminario estão disponiveis para Download em:


e o Jornal Ação Jovem também pode ser baixado nos lincks:

Um bonde chamado humanidade


"Suas vozes ressoaram com força e emoção sacudindo corpos, corações e mentes. Aos poucos, os meninos e as meninas ocuparam o palco e mostraram as suas expressões. Dançaram com virtuose, revelando seus talentos e suas paixões" *Por Márcia Acioli


Os (as) alunos (as) do Centro de Ensino Médio da Ceilândia (DF) viveram uma tarde diferente. Adolescentes e jovens de uma escola castigada pelas marcas da exclusão, da violência, da mídia sensacionalista que friamente constrói e estabelece estigmas sociais resolveram dar uma mostra do que são capazes.
Um grupo de alunos, apoiado pelo Inesc, elaborou uma rica programação que contou com as presenças do Ministério Público representado, do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, pela Universidade de Brasília e com a participação do rapper de prestígio nacional GOG e a cantora de rara qualidade estética e força poética Éllen Oléria.
Os meninos e meninas pediram por chances iguais, a segurança de sair de casa sem serem interpelados pela polícia, querem fazer e participar da arte e cultura da cidade e do país. Desejam não ter constrangimento ao vestir o uniforme da escola. Querem também que a droga não seja a única alternativa de lazer, querem estudar, trabalhar e caminhar pelas ruas sabendo que fazem parte de um bonde chamado humanidade.


Leia mais no site do Inesc
http://protagonismojuvenil.inesc.org.br/

Crianças podem aprender sobre seus direitos Brincando!



O site UNICEF Kids oferece sete jogos exclusivos baseados no tema dos direitos das crianças. É so acessar a página para começar a brincadeira.

Com o UNICEF Kids, meninas e meninos podem conhecer mais sobre cidadania, de forma fácil e super divertida, e interagir em fóruns e enquetes.

Além disso, podem baixar papéis de parede e enviar cartões para a família e os amigos. Visite agora o site do UNICEF feito especialmente para as crianças! Uma ótima dica para os projetos trabalharem nas aulas de informática.

saiba mais em: www.unicef.org.br