24 de dez. de 2012

UM FELIZ NATAL COM MUITO AFAGO PARA TODOS OS PARCEIROS E CRIANÇAS ATENDIDAS PELA KNHBRASIL REGIONAL SECO




O Ano de 2012 foi cheio de desafios e vitorias para a equipe da KNHBrasil Regional Seco.  Seguimos em frente, sem pestanejar em busca de nossos ideais. E hoje podemos dizer seguramente que somos bem mais felizes com os desafios superados e os novos planos para o novo ano que se aproxima.

Por isso a equipe KNHBrasil Regional Seco, deseja a cada um dos nossos parceiros um feliz natal, repleto de amor, carinho, paz, prosperidade, e acima de tudo, que esses sentimentos reforcem em nossos corações o desejo de sempre ajudar a todas as crianças que precisam de um afago, um aperto de mão, de carinho em busca de um ideal de vida melhor.

A todos um lindo fim de ano e um magnifico começo de 2013.

NATAL DAS CRIANÇAS DO PROJETO ROÇA GRANDE MELHOR EM SABARÁ.





O Natal das crianças do Roça grande melhor, parceiro KNH Brasil, no ultimo sábado 15, começou animado, as crianças atendidas pelo projeto e seus familiares, puderam  juntos celebrarem mais um ano de muitas conquistas.

Apresentação do Coral Das Crianças de Roça Grande





Das 10 às 13horas as crianças participaram de brincadeiras e lancharam ao som de muita música, além de receberem a visita do papai Noel, que distribui presentes e guloseimas.

Apos a distribuição de presentes, e o almoço de confraternização, o coral da Tia Antôninha, com as crianças do projeto, fizeram uma apresentação especial, com canções de temas natalinos.  









 

PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL, LIVRO ORGANIZADOR POR VALTENIR LAZZARINI DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD






“Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, onde adotou-se no Brasil uma perspectiva de democracia representativa e participativa, incorporou-se a participação da comunidade na gestão das políticas públicas – art. 194, VII; 198, art. 204, II; art. 206, VI, art. 227, parágrafo 7ª” – 

O trecho apresentado faz parte do Livro Participação e Controle Social, com organização de Valtenir Lazzarini e com textos de: Venancio Guerrero, Wanderlino Nogueira Neto, Ana Carolina Martins da Costa entre outros.

O livro aborda questões relativas ao controle social e como compreende-lo a partir da participação da sociedade, para assim acompanhar, elaborar, e verificar as ações da gestão pública na execução das políticas públicas.

 O Livro ainda discorrer da Política de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, e uma análise do Plano Plurianual do Estado do Paraná (2008-2011).  

O download do livro está disponível a todos, é só clicar aqui. 

12 de dez. de 2012

MATERIAL PARA DOWNLOAD E TEXTO DO ESPECIALISTA EM PROJETOS SOCIAIS OSWALDO BARBOSA, SOBRE A OFICINA DE CAPACITAÇÃO EM: CICLO DE PROJETOS.




Do dia 30 de outubro a 1º de novembro a Knh Brasil, realizou a Oficina de capacitação em: Ciclo de Projetos. O intuito foi em realizar um encontro com os projetos parceiros da KNH Brasil SECO, para apresentar a conjuntura atual e as perspectivas do Plano Nacional da KNH para o Brasil nos próximos cinco anos e capacita-los para que possam aperfeiçoar e potencializar suas ações sistematizando estratégias mais eficientes e com resultados mais efetivos na concretização da garantia de direitos de crianças e adolescentes. 
Participantes da Oficina de Capacitaçao

Além de Contribuir para a potencialização das capacidades da intervenção social dos parceiros, a oficina propôs subsídios teóricos e técnicos em gestão de projetos para que possam aperfeiçoar seus trabalhos e a captação de recursos.

Os participantes da Oficina tiveram a oportunidade de inserir-se em  momento de aprofundamento conceitual a partir da exposição, dialogo e dinâmicas acerca dos temas tratados, para enfim, em uma oficina elaborarem  um projeto social.

Em torno de 60 participantes n
A capacitação contou com o apoio do facilitador Mestre em administração pública, Especialista em projetos Sociais, Oswaldo Barbosa, que, ministrou a oficina de capacitação, com uma metodologia clara e focada na construção de projetos em cima do Plano Nacional de Enfoque dos Direitos da criança e do adolescente.









O SEU PROJETO É DO TIPO “BAND-AID”?

Por Oswaldo Barbosa.

Dinâmica de Elaboração de Projetos
Alcançar resultados sociais melhores a cada dia! Este é o grande desafio das organizações sociais atualmente, pois com o aumento do número de organizações que compõem o terceiro setor nos últimos anos, podemos considerar que existe uma concorrência neste mercado social. Ou seja, existem muitas organizações que querem aprender a elaborar e gerenciar projetos para aumentar o seu potencial de mobilização de recursos públicos e privados diante das diversas oportunidades de financiamentos que existem no Brasil. 

Desta forma, podemos considerar que há dois tipos de projetos que as organizações desenvolvem: a) projetos que atacam as causas de um problema social; e b) projetos que atacam somente os efeitos de um problema social.

O primeiro tipo de desenvolvimento de projeto é atualmente a principal lógica para se planejar, executar e avaliar um projeto social. Por meio da metodologia do Marco Lógico que é uma ferramenta que organiza os objetivos, resultados, atividades, indicadores, fontes de verificação e pressupostos de um projeto, a organização consegue organizar as informações relativas a região ou comunidade que ela pretende atuar de forma a identificar um problema central que possui as suas diversas causas e efeitos, que uma vez, organizadas no Marco Lógico, permite aos gestores da organização social analisar a viabilidade do projeto.

Oswaldo Barbosa. 
O outro tipo de projeto, “Band-Aid”, é o desenvolvido pelas organizações que tem como foco atacar “efeitos” de um problema central. Ou seja, são organizações que não conseguem fazer uma estrutura lógica de sua intervenção social e acabam desenvolvendo atividades de forma genérica. Como exemplo, um projeto que desenvolve uma oficina artística cultural pode atingir vários resultados em diversas dimensões, que neste caso, não necessariamente estão relacionadas a um problema central, mas relacionado a vários problemas. Neste caso, desenvolver uma atividade que não se sabe por que é necessário e para combater qual causa, o projeto volta-se para a realização de um simples plano de ação, e não de um projeto que possui objetivos, resultados, indicadores, fontes de verificação e pressupostos de forma minimamente estruturada.

3º Dia de Oficina. 
O curso realizado em parceria com a KNH para as suas organizações parceiras demonstra o quanto é importante fortalecermos a gestão destas organizações que possuem muitos desafios sociais em suas comunidades de atuação. A participação dos representantes das organizações foi ativa, atenciosa e descontraída, pois eles se envolveram e demonstraram interesse em aprender o uso de ferramentas que tem como objetivo facilitar o trabalho da equipe de projetos no dia a dia. Mesmo o grupo sendo bem heterogêneo, tanto na experiência, nível de escolaridade, idade e sexo, todos se uniram e demonstraram sua capacidade de trabalhar em equipe e de absorver novos conhecimentos.

Espero que as ferramentas e o aprendizado adquirido sejam colocados em prática! 

Faça download do material de apresentação da Oficina em Gestão de Projetos Sociais, clique aqui.

Forte abraço,

Prof. Oswaldo Barbosa









10 de dez. de 2012

EXPRESSO 227 BOLETIM DA INFÂNCIA E JUVENTUDE EM PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE O CONSELHO TUTELAR.





O Ministério Público do Estado de Minas Gerais apresenta o expresso 227, boletim da infância e Juventude, o foco é responder perguntas relacionadas ao conselho tutelar. A publicação responde perguntas simples como: O que define e o que caracteriza o conselho tutelar passando por legislação e princípios, composição e processo de escolha de membros.

Por fim, tratam dos direitos, deveres e vedações dos conselheiros e discute a fiscalização e de como é feito o controle de atuação dos membros do Conselho Tutelar. E é um excelente material de suporte aos conselheiros tutelares.

Para ter acesso ao material clique aqui. 

DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS




O dia 10 de Dezembro comemora-se o dia internacional dos Direitos Humanos. No ano de 1948, foi aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é considerada um marco para a proteção e respeito dos direitos humanos.

A declaração nasceu em resposta à barbárie praticada pelo nazismo contra judeus, comunistas, ciganos e também as bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagazaki no Japão, dizimando parte da população japonesa.

Os Direitos Humanos são direitos e liberdades básicas de todos os seres humanos, e o seu conceito baseia-se na liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei, além de ainda dizer que todo ser humano nasce livre e igual em dignidade e em direitos. Dotado de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. 

Para obter outras informações a  respeito de políticas voltadas aos Direitos Humanos, Clique aqui. 


7 de dez. de 2012

VULNERABILIDADE E TRABALHO INFANTIL


Os últimos dados do IBGE (Pnad 2011) confirmam algo que é muito fácil de constatar: a incidência do trabalho infantil é muito maior entre crianças em situação de vulnerabilidade. Por exemplo, nas famílias em que há crianças e adolescentes que trabalham, a renda média mensal é de R$ 452, ou seja, menos que um salário mínimo.
Para deixar isso ainda mais claro, basta traçar um perfil das crianças atendidas pelo Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) nos diversos municípios brasileiros e chegar a essa mesma conclusão: na maioria dos casos, as famílias acabam submetendo suas crianças ao trabalho precoce para tentar melhorar suas condições financeiras.
Para debater como tal situação é ainda mais grave em algumas das piores formas de trabalho infantil ou como isso influencia o combate à prática, a Rede Pró-Menino Fundação Telefônica lança o especial Vulnerabilidade e Trabalho Infantil, que reúne entrevistas com especialistas sobre as origens do trabalho infantil doméstico e como algumas comunidades ainda seguem valorizando o trabalho precoce. Em vídeo,Irandi Pereira analisa como esses fatores influenciam a garantia dos direitos infanto juvenis e a visão que a sociedade tem desses problemas. Confira duas matérias a respeito.




FEIRA, LUGAR PARA CRIANÇA TRABALHAR?



Créditos: Divulgação/MTE 

Crianças e adolescentes carregadores, empacotadores e vendedores passam despercebidos em meio aos adultos que compram e vendem nas feiras livres


A feira livre leva o nome de Cidade da Esperança, o mesmo do bairro na zona oeste de Natal, mas muitas crianças da vizinhança sofrem com a falta de perspectivas. Um ano depois de afastar do trabalho 42 crianças que passavam os domingos carregando encomendas para os clientes da feira, fiscais do Ministéiro do Trabalho no Estado (MTE) encontraram, em outubro, outras 39 fazendo o mesmo serviço.


“São crianças de 8 a 15 anos, muitas visivelmente em situação de abandono, com bicho de pé, problemas dentários, vê-se que não têm assistência nenhuma. A família muitas vezes aluga ou compra o carrinho para os meninos poderem trabalhar”, conta a auditora fiscal Marinalva Cardoso Dantas.


Depois da ação em 2011, as crianças que trabalhavam na feira foram encaminhadas para a rede de proteção social local. Muitas famílias passaram então a receber o Bolsa Família, que exige um nível de 85% de frequência escolar das crianças do domicílio, uma forma de mantê-las longe do trabalho. Na ação deste ano, duas das 49 crianças encontradas pelos fiscais em 2011 continuavam na feira de Cidade da Esperança; as demais começaram de um ano para cá.
A situação particular de um menino chamou a atenção de Marinalva. Com os pés machucados e infectados, ele circulava, arrastando sandálias grandes demais, em busca de clientes. Esperava desde as 6h para levar as compras de alguém. “Eram 9h e ele ainda não tinha ganhado nada, precisamos pagar fretes para ele poder comer”, lembra. “Ele só sabia o primeiro nome, estava completamente alheio a tudo”.


Enquanto lavravam os autos de infração, responsabilizando a prefeitura de Natal pela situação das crianças na feira, os fiscais foram abordados por feirantes de Cidade da Esperança. É uma situação frequente nos trabalhos de fiscalização feito pelo MTE, mas a atitude na segunda visita, segundo Marinalva, foi de especial agressividade. “Diziam que estávamos nos metendo numa coisa que era certa, que era bom criança trabalhar pra não virar marginal… Na verdade essa situação é muito confortável para eles, que gostam de ter os meninos carregadores por perto, para atrair e convencer o cliente a levar mais”.


Crianças vítimas de trabalho infantil estão mais sujeitas a ter problemas com aproveitamento escolar, saúde e socialização do que as demais.

Crianças pelas feiras do Brasil 


Clique no mapa para ver infográfico interativo com a distribuição do trabalho infantil no Brasil 
É recorrente o emprego de crianças e jovens, por uns poucos trocados, em feiras livres de grandes centros urbanos. Ação em junho deste ano afastou 32 crianças e adolescentres entre 6 e 17 anos de atividades de venda, carregamento de mercadorias e lavagem de veículos no Ceasa do Recife. Em audiência com o Ministério Público Estadual, o Ceasa informo que menores de 18 anos não entram no complexo desacompanhados de um responsável, e se comprometeu a aprimorar a ficalização do problema.


No Recife, o problema de crianças trabalhando no comércio informal extrapola as feiras e chega também a outro ambiente, onde a situação é tão comum que quase não chama atenção: a praia. De janeiro a setembro de 2012, só na Praia de Boa Viagem, a fiscalização identificou 73 crianças e jovens, entre 7 e 17 anos, que trabalhavam como ambulantes. Paula Neves, aditora fiscal do Estado, conta da dificuldade em se fiscalizar. “A gente sabe que alguém fornece material para as crianças venderem – picolé, bronzeador – , mas não consegue identificar essa pessoa para lavrar o auto de infração”, conta.


Também em Pernambuco, a feira de Caruaru é famosa, considerada por alguns a maior do mundo. No mesmo mês, ação dos fiscais localizou, em menos de duas horas, 64 crianças e adolescentes entre 8 e 17 anos realizando venda e carregamento de mercadorias. O restante do dia foi dedicado a organizar os dados e a situação de cada criança, encaminhados ao Conselho Tutelar e à Prefeitura.


Voltar regularmente aos grandes focos de trabalho infantil é considerado essencial para acabar efetivamente com o problema. Esse trabalho, no entanto, é prejudicado pelo número ainda reduzido de fiscais.


A Superintendência Regional do Rio Grande do Sul obteve sucesso com uma ação dirigida na cidade de Esteio, que organiza anualmente a feira de agronegócio Expointer. Segundo informações da Secretaria, desde 2006, uma força-tarefa formada pelo MTE, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Conselho Tutelar de Esteio fiscaliza situações de trabalho de crianças e jovens e orientam as famílias. Nos primeiros anos, eram mais de 200 crianças trabalhando no centro de exposições. Na edição de 2012, que aconteceu entre agosto e setembro, foram três casos.


Créditos: Divulgação/MTE 

PROJETO PARCEIRO KNH BRASIL RECEBE PRÊMIO DA ABRINQ E SE TORNA REFERÊNCIA PARA O PAÍS.




O premio Criança 2012 realizado pela Fundação Abrinq – Save The Childrem  na categoria organização social, foi entregue ao PAEB – Programa de Apoio e Estimulação do Bebê, desenvolvido pela Associaçãode Reabilitação Infantil Limeirense – ARIL – Parceira KNH Brasil.

Idealizado pela Abrinq. O premio visa reconhecer boas práticas, voltadas a crianças de 0 a 6 anos, gestantes e parturientes. Nessa edição foram inscritos 202 iniciativas, tanto de empresas e organizações sociais de todo o Brasil, dez foram indicadas como finalistas.
Equipe PAEB 

De acordo com a fonoaudióloga Andreza Barbosa, desde o ano de 2011 o PAEB, atende o mais precocemente a família dos bebês de risco, encaminhados por Unidades de Terapia Intensiva, UTI Neonatal. Andreza ainda comenta que sempre houve uma preocupação por parte da equipe multidisciplinar de prevenção e de reabilitação da Aril, quanto á grande demanda de bebês de risco encaminhados e que aguardavam na lista de espera para iniciar triagem na instituição.

O projeto possibilitou a criação de grupos de pais e bebês. Onde os pais recebem monitoramento e orientações de estímulos através de rodas de conversas direcionas e atividades práticas, além de cada criança passar por uma triagem multidisciplinar no setor de reabilitação para definir o diagnóstico.

Grupo de Pais. 
O projeto conta com 3 fases de prevenção:  1) Primária: evitar a ocorrência de instalação de deficiências; 2) Secundária: uma vez instalada a deficiência, permitir o mais rapidamente o diagnóstico e tratamento a fim de impedir a instalação de limitações permanentes; 3) Terciária: proporcionar atendimento adequado às pessoas com deficiência, para que as sequelas não sejam agravadas e, enquanto pessoas, não sejam estigmatizadas e excluídas da sociedade.

Uma equipe com 7 profissionais atua semanalmente nos grupos, sendo esta composta por assistente social, enfermeira, fisioterapeuta, fonoaudióloga, nutricionista, terapeuta ocupacional e psicóloga. Desde sua implantação, em 2011 o PAEB já atendeu 11 grupos com um total de 135 bebês atendidos. A Aril parceira Knh Brasil trabalha para que as crianças e suas famílias possam ter um atendimento integral, com terapias individuais de reabilitação, com orientações em relação à amamentação, aspectos nutricionais, sociais e psicossociais. 




5 de dez. de 2012

EM QUE CONDIÇÕES TRABALHAM NOSSA JUVENTUDE?


Mesmo com a lei Aprendiz, adolescentes continuam trabalhando de forma desprotegida em condições que comprometem seu desenvolvimento físico, mental, psicológico e social.
             Stephanie Modesto, adolescente comunicadora de São Paulo*

Ilustração: Akhim Salles

Quais são as reais condições em que trabalham milhares de adolescentes de todo o nosso Brasil? Existe uma maneira certa para se trabalhar? Qual? Será que essa é a maneira que trabalham esses adolescentes? E se não for? O que fazer? Estamos aqui para tentar encaminhar algumas respostas para tantas perguntas.

Muitos adolescentes e jovens de todo o Brasil estão trabalhando de forma errada! Isso mesmo! Trabalham em pequenas, médias e grandes pequenas empresas que os destratam todos os dias submetendo-os a diversas condições que contradizem a lei aprendiz que protege a oportunidade de trabalho para essa fase da vida. Segundo alguns depoimentos e pesquisas, empresas fazem nossos jovens chegarem a trabalhar doze horas dentro de um estabelecimento. Adolescentes em torno de 16 anos de idade trabalhando como adultos, adultos que não são! O que faz com que percam noites de sono, sendo assim prejudicados nos estudos, que os tornarão mais cidadãos e, por isso, deveriam ser uma de suas prioridades.

Está claro entre as leis do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que o adolescente não deve trabalhar antes dos quatorze anos, exceto na condição de aprendiz, ou seja, protegido pela lei que regulamenta o trabalho nesse momento da vida. A lei da aprendizagem garante uma formação técnico-profissional, e ainda o tempo do adolescente no ensino regular, estabelecendo como pré-requisito freqüência escolar obrigatória. Ou seja, o trabalho não pode ser uma atividade que prejudique o desenvolvimento do adolescente e tem que ser realizada em horários especiais.

Trabalhar na adolescência, para alguns, significa ter a sensação de liberdade. Liberdade essa que chega apenas no dia do pagamento. Será que realmente vale a pena? “Com 16 anos, eu trabalhei com carteira assinada. Cheguei a passar 24 horas direto dentro do estabelecimento, fora as humilhações que passei”, relata Guilherme Machado.

O que diz a lei?

Trabalho Infantil é o trabalho executado por crianças e adolescentes com menos de 16 anos (salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos) no setor formal ou informal ou ainda em atividades ilícitas. A aprendizagem pressupõe a matrícula e a frequência do adolescente na escola, caso não tenha concluído o Ensino Fundamental, além de inscrição em programa de formação técnico-profissional sob orientação de entidade qualificada. Caso o adolescente não esteja enquadrado nas condições acima, o caso deve ser denunciado.

Como denunciar um caso de exploração de trabalho infantil ou trabalho adolescente desprotegido?

O que fazer ao se deparar com uma cena ou uma situação onde crianças estejam sendo exploradas e perdendo a sua infância e juventude?

Diferentes instituições estão diretamente envolvidas na fiscalização e no combate ao trabalho infantil. Você pode comunicar uma situação de exploração, por exemplo, ao Conselho Tutelar de sua cidade, ao Ministério Público ou a um Juiz de Infância. Ainda é possível denunciar pelo telefone do Disque 100 - Disque Denúncia Nacional ou pelo site www.disque100.gov.br.

*Integrante do grupo de adolescentes e jovens comunicadores que produzem conteúdo para a campanha É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescente por meio da mobilização promovida pela Viração Educomunicação

CARTA ABERTA ÀS SENADORAS E SENADORES DA CCJ A FAVOR DA GARANTIA DOS DIREITOS DOS ADOLESCENTES




Nesta quarta-feira, dia 05 de dezembro, as senhoras e senhores, excelentíssimas senadoras e senadores, poderão votar a Proposta de Emenda Constitucional No.33 de 2012, que altera a redação dos artigos 129 e 228 da Constituição Federal, que prevê a possibilidade de desconsideração da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos, por lei complementar.

Nós da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente, acreditamos que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos, isto é, gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata a Lei No. 8.069 de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).

A adolescência é uma fase da vida de grande oportunidade para aprendizagem, socialização e desenvolvimento. Atos infracionais cometidos por adolescentes, por sua vez, são ou, pelo menos, deveriam ser vistos apenas como circunstâncias de vida que podem ser transformadas e não como algo inerente ao gene ou identidade da pessoa.

No Brasil, temos uma população de adolescentes de 20.666.575 e 18107 estão restritos e privados de liberdade. Ou seja, temos uma proporção de 8.8 para cada 10 mil adolescentes, segundo Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Conflito com a Lei de 2010. Ao mesmo tempo em que este índice nos preocupa, muito mais grave é o número de crianças e adolescentes que são mortos de forma violenta como o demonstrado no Mapa da Violência 2012, divulgado no último dia 29 de novembro, onde há cidades como Lauro de Freitas e Simões Filho, municípios com 20 mil crianças e adolescentes, ambas localizada no Estado da Bahia, onde temos uma taxa de homicídios extremamente alta de 94,6 e 134,4 (para 100 mil), respectivamente. Ou seja, temos muito mais crianças e adolescentes sendo mortos de forma violenta do que em situação de conflito com a lei.

Além disso, segundo o “Panorama Nacional: A Execução das Medidas Socioeducativas de Internação” do Programa Justiça ao Jovem, do Conselho Nacional de Justiça, datado de 2012, 57% dos jovens declararam que não frequentavam a escola antes de ingressar nas unidades de internação, sendo que 86% dos entrevistados mencionaram que a última série cursada estava englobada no ensino fundamental. E, no que diz respeito à relação com entorpecentes, 75% faziam uso de drogas ilícitas. Com esses dados queremos dizer que é preciso mais investimentos em educação e fortalecimento da permanência na escola por esses jovens, além do incremento em equipamentos culturais e na estruturação de projetos de vida que tragam perspectivas distintas daquelas vividas até o presente momento da internação.

O sentimento de insegurança que acomete a população brasileira em razão da violência faz com que se busque uma solução imediata e daí surge a ideia de que enclausurar é a melhor solução.

A justificativa de que se valem os legisladores afetos à redução da maioridade penal segue no sentido de que o adolescente da atualidade é diferente do adolescente de outrora. Evidente que tal assertiva não considera a situação crítica em que se encontram, atualmente, os sistemas penal e carcerário.

As tentativas de se reduzir a maioridade penal partem do pressuposto de que o adolescente moderno já possui bastante maturidade para compreender os próprios atos. Todavia, não se pode negar sua condição de pessoa em formação e, em decorrência disso, não devemos desistir de sua ressocialização.

Por isso, não podemos nos agarrar a soluções simplistas, posto que problemas complexos necessitam de soluções sistemáticas e, dessa forma, há que se implementar políticas voltadas à criança e ao adolescente.

Vemos esta PEC como uma medida de criminalização da adolescência em conflito com a lei, não trazendo como pressuposto os avanços que o SINASE - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – propõe efetivamente, se aplicado dentro dos parâmetros constitucionais previstos na Lei No. 12.594 de janeiro de 2012.

Para nós, o SINASE é uma dessas possibilidades legais para que o adolescente em conflito com a lei torne-se um sujeito de direito efetivamente e a promulgação da Emenda Constitucional No. 33/ 2012 é um retrocesso nos avanços propostos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Lei recém-promulgada.

Estamos de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, no que se refere à natureza do trabalho socioeducativo, isto é, uma natureza transversal, intersetorial, complexa e especializada, que envolve diversos poderes, efetivando-se nas três esferas de governo.

Solicitamos de vossas excelências que não votem favoravelmente a esta Proposta de Emenda Constitucional e que se abram discussões mais aprofundadas com a sociedade civil a fim de se criar melhorias significativas junto a esse público em específico.

FUNDAÇÃO ABRINQ PELOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

3 de dez. de 2012

AMPLIAÇÃO DO BRASIL CARINHOSO RETIRA 8,1 MILHÕES DE JOVENS COM ATÉ 15 ANOS DA EXTREMA POBREZA





A Ação Brasil Carinhoso, que faz parte do Plano Brasil Sem Miséria, vai ser ampliada para atender famílias que vivem na extrema pobreza com jovens de até 15 anos, alcançando 8,1 milhões de crianças e adolescentes, e beneficiando 16,4 milhões de pessoas. Inicialmente, o programa era direcionado a famílias com filhos entre 0 e 6 anos. O anúncio foi feito em cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (29). A presidenta Dilma Rousseff classificou a iniciativa como a mais forte de combate à pobreza extrema no Brasil.
“Eu tenho que o Brasil que nós todos queremos construir é um país de classe média. E, para isso, nós colocamos, como uma de nossas prioridades, desde o início do governo, de retirar 16 milhões de brasileiros da pobreza. E o que estamos anunciando é um passo decisivo para essa sociedade de classe média que desejamos.(…) Não há nada mais importante a fazer. Tenho certeza que vamos fazer”, afirmou Dilma Rousseff, que assinou medida provisória, enviada ao Congresso, para a ampliação da ação.
Os benefícios do Brasil Carinhoso serão deositados a partir de 10 de dezembro, e a expansão do programa representa um custo adicional de R$ 1,74 bilhão ao ano no Programa Bolsa Família. Até agora, a ação já retirou 9,1 milhões de pessoas da extrema pobreza. Com a ampliação, serão mais 7,3 milhões. A ação engloba três pilares – renda, educação e saúde – com a garantia de que todas as famílias extremamente pobres com um ou mais jovens de até 15 anos tenham renda mínima superior a R$ 70 por pessoa. Ainda há o investimento em construção e repasse para creches e pré-escolas, com o aumento de 66% na verba destinada para alimentação das crianças.
“[O Brasil Carinhoso] nasce como uma iniciativa que o Brasil oferece aos seus filhos mais frágeis, para que possam crescer fortes e saudáveis, com as mesmas oportunidades dos outros brasileiros e brasileiras que têm casa, comida, roupa, remédio, brinquedo e escola. E que têm futuro. Nasce porque, junto a ele, uma série de programas se articulam para garantir o futuro. (…) O programa das creches, da alfabetização na idade certa e o da escola integral. Esses programas se articulam para garantir a saída da miséria extrema. A ação do Brasil Carinhoso articulada com todas essas ações, é uma ação que constrói hoje o futuro do nosso país”, completou.
Com a ação, o programa Saúde na Escola, do Ministério da Saúde, foi estendido às creches e pré-escolas. A distribuição de doses de vitamina A chegou a 2,9 milhões de crianças entre 6 meses e 5 anos, de junho a outubro, e ainda houve o aumento da oferta de sulfato ferroso para 1,4 milhão de meninos e meninas. Outra medida adotada foi a distribuição gratuita de medicamentos para asma – a segunda maior causa de internação e óbito de crianças
Ouça na íntegra o discurso da presidenta Dilma Rousseff, clique aqui.  
Fonte: Blog do Planalto