Crianças, adolescentes e jovens da zona rural querem ter seus direitos reconhecidos:Cooperação e Desenvolvimento pela Infância e Juventude

20 de out. de 2010

Crianças, adolescentes e jovens da zona rural querem ter seus direitos reconhecidos

Comunidade Cabeceirinha discute os 20 anos de Estatuto da Criança e Adolescente e os desafios da juventude diante da ausência de políticas públicas no campo

Meire N. Lisboa Reis
Coordenadora do projeto Nossa Terra Solidária
Cáritas Diocesana de Januária

Sábado, dia 11 de setembro, foi uma data marcante na história da comunidade de Cabeceirinha, zona rural de Januária. Distante a 130 Km da sede do município, a comunidade também está distante das discussões de políticas públicas. Na tentativa de transformar essa realidade, o Projeto Nossa Terra Solidária, desenvolvido pela Cáritas Diocesana de Januária, realizou o seminário: “20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente x O Desafio da Juventude diante da ausência de Políticas Públicas no Campo”.
O seminário teve o objetivo de discutir o desafio de crianças, adolescentes e jovens da zona rural, diante da ausência de políticas públicas que cheguem até eles. Os participantes refletiram em quem medida os direitos de crianças, adolescentes e jovens, estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estão sendo garantidos no campo.
Participaram deste seminário lideranças e moradores da comunidade; a promotora de justiça da Infância e da Juventude, Daniela Yokoyama; a secretária municipal de educação, Maria José Lacerda; a representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Jaqueline Alves; o conselho tutelar representado por todos os conselheiros; o pastor Altomiro, representando o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e Antônio Rosa, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Januária.
O seminário foi um momento esclarecedor para todos. Foi possível constatar que nessas duas décadas do Estatuto da Criança e Adolescente houve muitos avanços. No entanto, esses avanços não conseguiram atingir as crianças e adolescentes do campo tanto como atingiu as crianças e adolescentes da zona urbana.
Não tínhamos a ilusão de que com o seminário resolvêssemos os problemas da comunidade. Mas tínhamos a certeza de que estaríamos dando um passo muito importante para sua aproximação com os representantes políticos responsáveis em buscar alternativas. Acreditamos que conseguimos, ao menos, mostrar que a comunidade existe, faz parte do município de Januária e quer ser reconhecida, respeitada e respaldada politicamente.

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