28 de jan. de 2011

Em todo o mundo jovens atuam para ter uma comunidade melhor

Na Índia eu vi que existem outros jovens também preocupados em construir uma sociedade melhor. Jovens que fazem projetos que realmente impactam a sua comunidade.” Esta foi uma das vivências que Aline Maia Nascimento, brasiliense, 20 anos, adquiriu, em Nova Delhi, junto com jovens de diversos países, na Conferência Kaleidoscope.

O evento, que teve a duração de 10 dias, foi promovido pela Ong britânica Oxfam. O Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) apoiou a viagem de Aline e a Kindernothilfe (KNH) financiou as passagens aéreas. Aline é estudante e participa do Projeto Onda: Adolescentes em Movimento pelos Direitos*. “Um dos pré- requisitos para participar da seleção era fazer parte de algum projeto que envolvesse a sua comunidade”, conta Aline. Além disso, era necessário ter entre 18 e 26 anos e falar inglês fluentemente. Participaram do processo de seleção cerca de 300 jovens. Apenas 3 brasileiros foram escolhidos.

A estudante se emociona ao falar sobre o Projeto Onda*. “Nunca pensei que uma visita a minha escola poderia mudar tanto a minha vida. Que pudesse me mostrar tantas coisas boas!“. A jovem revela que participar do projeto lhe deu outro olhar sobre vários temas importantes da sociedade, como a questão dos meninos de rua, gênero, raça,orçamento, dentre outros. Ela ressaltou ainda a importância do Projeto Onda em incentivar a construção do pensamento.
Em Nova Delhi, a estudante pode participar de oficinas como Paz e Conflitos, Acesso à educação, Racismo e discriminação e também Voluntariado em Desastres. A estudante brasileira acrescentou ao debate mundial a importância do orçamento público para a garantia de uma educação de qualidade. Nesta Conferência, Aline teve contato com estudantes da Espanha, Palestina, Zimbábue, Papua Nova Guiné, Austrália, além dos próprios indianos, entre outros. “A força das experiências trazidas por cada uma dessas pessoas foi muito enriquecedora”, afirma.
Para Aline, a Conferência Internacional apenas reforçou o que ela já havia visto no Brasil: que o jovem faz muita coisa pela construção de uma sociedade melhor. Ela salienta que as pessoas não devem acreditar nas mensagens passadas pela maior parte dos meios de comunicação na qual a juventude não quer nada e não age em sentido positivo. Ela diz que os jovens são produtivos e fazem muito pelas suas comunidades, no Brasil e pelo mundo afora!

* O projeto ONDA é um trabalho realizado pelo Inesc com apoio da Kindernothilfe. O projeto visa introduzir o tema dos direitos humanos e do orçamento público em escolas do Distrito Federal. Todas situadas em diferentes cidades do Distrito Federal (DF), dentre elas, há uma escola rural. Atualmente são seis escolas, a maioria em regiões de maior exclusão social.
Fonte:criancanoparlamento

20 de jan. de 2011

História de sucesso

MC é uma jovem de 26 anos, solteira, com 2 filhos, Ka, de 7 anos e Ke, de 5 anos. Ela mora numa comunidade marcada pela violência e a presença ostensiva do narcotráfico, no município de Duque de Caxias/RJ.
MC participa do Programa Raízes Locais desde abril de 2008, quando o projeto começou. O motivo da entrada de MC para o projeto foi a sua vontade de aprender “alguma coisa”, chegou com uma postura que misturava revolta com apatia. Auto-estima baixa, poucos cuidados com o seu corpo e sua saúde, olhar descrente, “pagando para ver”. Seu modo de viver “à toa” gerava muitas discussões em casa, principalmente com a sua mãe.
Sua história trazia dores graves e recentes relacionadas à perda de um bebê natimorto e a traição do marido que ocasionou uma separação conflituosa. Seu ex-marido passou um período preso e depois que ele saiu em condicional, a relação continuava muito difícil, gerando ameaças e tensões que de alguma forma também acabavam sendo transmitidas para os filhos do casal. Ela usava o padrão da violência para educar e se relacionar com os filhos.
No decorrer das reuniões de grupo e dos atendimentos, percebemos uma postura de liderança. Ela se engajou no grupo de mobilização comunitária – grupo que se reúne para debater sobre as questões comunitárias. Participou da inauguração do bazar comunitário, foi uma vendedora de destaque e assumiu o controle pela organização e venda dos produtos em parceria com duas outras mães do Programa. Participou como auxiliar de pesquisa num levantamento sócio-econômico realizado com uma amostra dos moradores da comunidade. Esta experiência em particular, a deixou bastante mobilizada com a situação que presenciou de algumas famílias. Trouxe outros casos para a instituição, intercedeu por moradores que na sua avaliação precisavam conhecer a Terra dos Homens. E mais, reacendeu o desejo de voltar a estudar. Matriculou-se na escola e hoje está no 3º ano.
O trabalho da Terra dos Homens através da equipe psicossocial focou na ampliação da sua rede familiar e na valorização das suas competências e potencialidades, buscando resgatar não só o seu papel de mãe e cuidadora, mas seus outros papéis na comunidade e na vida. Ela conseguiu um
emprego temporário. Com o apoio do programa, foi incluída num projeto para reformar a sua casa, que apresentava uma estrutura insalubre e precária, causando problemas de saúde para um dos filhos. Após a reforma da casa e consequente melhoria da sua qualidade de vida, seu filho não apresenta mais os problemas de saúde antes tão comuns e rotineiros. “Meu filho melhorou muito”, diz.
Com o dinheiro do trabalho temporário, ela comprou alguns móveis e utensílios, além de contribuir com parte do material de construção para a melhoria da casa. Seu desejo no futuro é continuar estudando e se formar em Serviço Social. Com relação aos filhos, conta com o apoio da mãe e da tia que moram no mesmo quintal, para ajudar na educação dos mesmos. A sua forma de se relacionar com as crianças melhorou consideravelmente. Hoje encontramos MC mais envolvida com a família, cuidando da casa, das pessoas e de si mesma.
A história de sucesso, do projeto do Programa Raízes Locais, apoiado pela KNH Brasil, foi publicada no informativo da Terra dos Homens dez/10. Destacamos a importância do trabalho de desenvolvimento e fortalecimento de potencialidades e habilidades pessoais e profissionais, fomentando o protagonismo de jovens moradores em prol do bem comum, afim de, mobilizar e despertar os moradores para o interesse na participação em questões comunitárias.

18 de jan. de 2011

Ministra da SDH toma posse e enfatiza prioridade nos Direitos da Criança e do Adolescente

A nova ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Maria do Rosário, tomou posse no dia 03 de janeiro, em Brasília. Em seu discurso de posse ,afirmou que será incansável no combate à violência contra crianças e adolescentes. A prioridade à infância e à juventude corresponde à orientação que a Presidenta Dilma Rousseff dará à área social.

“Afirmo a vocês, não descansaremos diante das situações de violência contra as crianças e adolescentes brasileiros, diante da exploração sexual de meninas e meninos, da transformação de seus corpos em produto e da destruição de suas vidas pela lógica do mercado. Não descansaremos enquanto as crianças estiverem nas ruas, mas também não descansaremos enquanto estiverem à espera de uma família que não chega, dentro de um programa de acolhimento institucional, tendo negado seu direito à convivência familiar e comunitária”, enfatizou.

Segundo Maria do Rosário, o governo seguirá as metas do Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes (2011-2020), aprovado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em dezembro de 2010. O Plano Decenal contém diretrizes, metas e objetivos estratégicos para a área da infância e adolescência para os próximos dez anos. “Esperamos que o comprometimento da Ministra com o Plano Decenal contribua para que as políticas ali elencadas influenciem a formulação do próximo Plano Plurianual (PPA)”, afirmou Cleomar Manhas, assessora política do Inesc. O PPA deve ser apresentado ao Congresso Nacional este ano, pelo Executivo.

A nova ministra já definiu que a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente permanecerá sob a responsabilidade de Carmen Silveira de Oliveira que também é presidente do Conanda. Em dezembro do ano passado, durante visita ao Conselho Rosário parabenizou o trabalho da secretária, o qual classificou como peça fundamental no avanço das garantias dos direitos de crianças e adolescentes brasileiros.

Ao finalizar seu discurso, a ministra pediu ainda a união para superar os desafios, reafirmou a importância da implementação da terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos e falou detidamente sobre cada segmento sob responsabilidade da SDH, como Crianças e Adolescentes; Pessoas com Deficiência; Direitos dos Idosos e de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros; Direito à Memória e à Verdade; e Combate à Tortura. “O mais importante é que estejamos unidos, governo, sociedade e movimentos sociais. Não vamos descansar enquanto não assegurarmos os Direitos Humanos para todos os brasileiros e brasileiras”, afirmou a ministra.
Fonte: www.criancanoparlamento.org.br

12 de jan. de 2011

Nota de Falecimento e Luto

A KNH Brasil regional Sudeste e Centro Oeste, acordou de luto nessa manhã do dia 12 de janeiro e se une à rede de Defesa dos direitos das Crianças e Adolescentes para lamentar o falecimento do companheiro Antônio Pereira da Silva Filho, o nosso Toninho Kbça, assassinado no final da tarde desta terça-feira (11/1), em Belo Horizonte (MG).

Estivemos juntos nesses últimos anos na luta pelos direitos em vários espaços como CEDCA MG, Frente de defesa e Fórum Nacional DCA, seu importante trabalho ficará para sempre na memória de todos nós que o admiramos pelo seu jeito simples, alegre, e companheiro.Toninho deixará saudades. Perdemos um grande companheiro de luta.


Coordenação KNH Brasil Regional Sudeste e Centro Oeste

7 de jan. de 2011

Salas verdes do Ministério do Meio Ambiente vão receber cartilha sobre uso consciente de embalagens

As cerca de 350 salas verdes do Ministério do Meio Ambiente em todo o País vão receber a partir deste mês uma cartilha ambiental com informações sobre o consumo consciente e as possibilidades de reciclagem de embalagens. O material, que será distribuído pelo ministério, traz ainda atividades lúdicas específicas para o público infantil, como propostas de construção de brinquedos e objetos diversos com a utilização de embalagens usadas.

O projeto Sala Verde, coordenado pelo Departamento de Educação Ambiental do ministério, é uma iniciativa que prevê a formação de espaços, vinculados a instituições públicas ou privadas parceiras, onde são desenvolvidos programas e ações educacionais voltados à questão ambiental.

De acordo com a diretora do Instituto de Embalagens, responsável pela elaboração da cartilha Nós, as Embalagens e o Meio Ambiente, Assunta Camilo, o objetivo é aproveitar a curiosidade natural das crianças para promover o uso consciente dos recursos naturais, incentivando o descarte responsável e minimizando os impactos ambientais por meio da informação.

“As crianças estão muito expostas a todo o tipo de notícias e elas já começam a se preocupar com essas questões [ambientais], afinal isso está muito mais relacionado ao futuro delas do que ao nosso”, disse. “Elas estão curiosas e buscam informações, se não dermos as orientações de forma clara e correta podemos perder uma força importante, porque elas têm a capacidade de orientar também os pais e se mobilizam muito mais do que em idades mais avançadas”, explicou.

Segundo Assunta Camilo, entre as atividades propostas está a confecção de um posto de gasolina de brinquedo, kits de escritório, porta-lápis, entre outros, com o uso de embalagens. A cartilha também ensina os pequenos leitores a identificar as lixeiras de coleta seletiva.

Ao todo foram produzidos 30 mil exemplares que devem atender 300 mil crianças, não apenas nas salas verdes, mas também por meio da aquisição por escolas das redes privada e pública e da comercialização em redes de livrarias. A diretora do Instituto de Embalagens explicou que o material é impresso em papel reciclado, impermeável e de alta resistência, para que cada criança, após ler a cartilha, possa repassá-la a colegas.

Para o coordenador da Sala Verde do município fluminense de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, André Cavalcanti, o material poderá ser utilizado em diversos projetos desenvolvidos no local.

Fonte: www.brasil.gov.br/noticias/