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17 de jan. de 2014

EDITAL FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS - COMBATE À VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL E À DISCRIMINAÇÃO - 2014





O Fundo Brasil de Direitos humanos, disponibilizara até R$ 800.000,00 - oitocentos mil reais - para apoio a projetos, de cobate à Violência Institucional. Entende-se por violência institucional qualquer fora de violação a direitos humanos promovida por instituições oficiais, suas delegações, empresas. 



Podem se submeter ao edital, indivíduos - desde que as propostas individuais  apresentadas atendam aos requisitos deste edital - organizações sociais se fins lucrativos, mesmo que ainda não formalizadas que não tenham CNPJ, desde que atenda aos demais requisitos do edital de seleção.



Não serão apoiados projetos que não se adequem ao foco do edital, nem propostas apresentadas por organizações governamentais, universidades, organizações internacionais, partidos políticos ou empresas. 



Para mais informações, acesse o Link: http://bit.ly/1dvCWNd


16 de dez. de 2013

TRABALHO INFANTIL IMPEDE QUE DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS SEJAM GARANTIDOS



Juliana Sada, do Promenino
Há exatos 65 anos, países reunidos na Organização das Nações Unidas - ONU - selaram um pacto e determinaram princípios básicos de respeito e valorização das pessoas. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela ONU em 10 de dezembro de 1948, traz objetivos a serem perseguidos pelos países em prol da dignidade humana.
A Declaração vem de um esforço em busca de paz após a Segunda Guerra Mundial – quando, ao menos, 50 milhões de pessoas morreram – e elenca direitos e princípios fundamentais que devem ser observados. No entanto, após mais de seis décadas, direitos humanos básicos seguem sendo violados em diversos países. Ainda que não restrita, a situação de violação de direitos humanos costuma atingir mais as crianças e os adolescentes que, pelo próprio processo de formação, são mais vulneráveis.
Foi a partir da Declaração Universal que se elaborou documentos de proteção à infância e à adolescência – como a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU – e se formulou o princípio da Constituição brasileira de que as crianças devem ser prioridade absoluta das políticas públicas e da sociedade. A Declaração também embasa as Convenções sobre a proibição do trabalho infantil. O advogado Ariel de Castro Alves afirma que o princípio da Declaração é o da dignidade das pessoas e que o trabalho infantil rompe com essa dignidade. “Vários direitos fundamentais são rompidos quando a criança está no trabalho infantil”, analisa Alves que é membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos e do Condeca - Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Em todo o mundo, mais de 165 milhões de crianças e adolescentes trabalham. É quase o total da população brasileira. Ainda que não seja citado na Declaração, o trabalho infantil impede que uma série de direitos básicos seja efetivada. Como explica o coordenador nacional da área de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente do Ministério Público do Trabalho (MPT), Rafael Dias Marques: “No Brasil, ainda são mais de três milhões de crianças e adolescentes vítimas dessa chaga, que abre portas a inúmeras outras lesões de direitos fundamentais, como à saúde, à vida, à alimentação, ao lazer, à convivência familiar e comunitária, etc.”
Dos trinta artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, selecionamos sete que se referem a direitos e princípios que são diretamente prejudicados pelo trabalho infantil. Confira:
Artigo III – Todo o ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal – a Organização Internacional do Trabalho – OIT - estima que mais da metade das crianças que estão no trabalho infantil desenvolvem atividades perigosas. São cerca de 85 milhões de crianças que têm suas segurança e vida ameaçadas cotidianamente pelas atividades que realizam. Já dados do Ministério da Saúde apontam que crianças e adolescentes têm duas vezes mais chances do que um adulto de sofrer um acidente de trabalho. Entre 2012 e 2013, foram quase seis mil acidentes de trabalho envolvendo crianças e adolescentes, de acordo com o Ministério.
Artigo IV – Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas – o trabalho forçado ou escravo é considerado uma das piores formas de trabalho infantil. Atividades classificadas assim por oferecerem grandes riscos à saúde e à moral. De acordo com a OIT, são cerca de 5,5 milhões de crianças realizando trabalhos forçados atualmente. Essa cifra corresponde a um quarto do total de pessoas escravizadas no mundo, 21 milhões.
Artigo V – Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante  – o advogado Ariel de Castro Alves destaca que as piores formas de trabalho infantil violam o princípio de tratamento desumano ou degradante. “O trabalho infantil tem crescido nas piores formas, com crianças nas ruas, vendendo balas, fazendo malabarismo ou cuidando de carros. Além disso, há casos de exploração sexual de crianças e trabalho no tráfico de drogas, onde podem ser assassinados e presos.”
Artigo XXIII – 1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego – o trabalho infantil não apenas viola os direitos das crianças no presente como compromete a efetivação de direitos no futuro – como o do próprio direito ao trabalho. “A criança que trabalha hoje é o adulto subempregado ou desempregado de amanhã, pela dificuldade que ela tem de se formar para o mercado de trabalho, que cada vez mais demanda formação”, analisa Alves.
Marques explica que “seja por uma incapacidade decorrente de um acidente ou doença do trabalho, ou ainda, seja por má formação na educação, a criança trabalhadora ingressará de maneira desqualificada no mercado do trabalho, acessando condições degradantes e exploratórias de trabalho”.
Artigo XXIV – Todo ser humano tem direito a repouso e lazer (...). Artigo XXVII – 1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir das artes (...) – ao ingressar precocemente no trabalho, a criança e adolescente perde parte importante do seu tempo livre e deixa de exercer outras atividades. “O trabalho infantil afeta o direito ao lazer e à cultura, pois criança que trabalha lhe tem roubado o direito de brincar e de se divertir”, aponta Marques.
Artigo XXVI – 1. Todo ser humano tem direito à instrução (...) – o direito à educação é gravemente afetado pelo trabalho infantil. Ainda que os índices mostrem que a maioria das crianças que trabalham também frequentam a escola, seu desempenho é prejudicado. “Se as crianças conseguem acessar a escola, chegam cansadas e nada ou pouco aprendem”, descreve Marques. Além disso, o trabalho infantil também retira o tempo de estudo das crianças.

Para o coordenador do MPT, “toda vez que há uma situação de trabalho infantil, se está cometendo, na seara do Direito, uma das mais graves violações, posto que se viola norma de direitos humanos, bem como norma constitucional”. Alves concorda com a gravidade da situação e cobra o Estado: “o Brasil continua violando diariamente os direitos das mais de três milhões de crianças e adolescentes que estão submetidos ao trabalho infantil”.    

9 de dez. de 2013

OFICINA FORMAÇÃO DE FORMADORES. SOMA DE EXPERIÊNCIAS E TROCA DE SABERES ENTRE PESSOAS.



"Transgredir por meio da inteligência e da articulação política, é a melhor maneira que o jovem tem hoje para lutar pelos seus direitos".

Por: Hudson Freitas 

Belo Horizonte – Entre os dias três e cinco de Dezembro, o Instituto de Estudos Socioeconômicos – Inesc, em parceria com a KNH Brasil, realizou a oficina:  Formação de formadores. Projeto de capacitação para jovens e adolescentes.

Vinicius Moreira 
O objetivo da oficina é discutir conceitos e políticas públicas para o enfrentamento de diversas formas de violência que afetam crianças e adolescentes das comunidades populares, a partir de ações protagonistas.

A Oficina capacitou adolescentes de projetos parceiros da Knh Brasil.

"O intuito é que esses jovens sejam agentes multiplicadores de direitos, e, que eles próprios possam repassar o aprendizado a outros jovens das suas comunidades, assim, criando um ciclo de capacitação em rede. E que esses jovens, sejam sujeitos de atuação na garantia e promoção dos direitos da criança e adolescente". Comenta Christiane Rezende, Assessora de Projetos KNH Brasil.

A formação centra o foco em Direitos Humanos, Orçamento Público e Participação Política.  "A ideia principal é que os adolescentes se apropriem dos debates e realizem mobilizações e articulações em suas comunidades pela conquista de direitos". Comenta Márcia Acioli, Assessora Pedagógica do Inesc.

De acordo com Márcia Acioli, conscientizar o adolescente da importância quanto ao seu papel de protagonista de direitos, como um agente de devesa dos seus demais, da sua comunidade, respondendo por si, é o primeiro passo para o combate a violência.


"O adolescente muita das vezes está presente dentro da sua comunidade, ele pode responder por si próprio, falar do que precisa. Debater a respeito dos seus anseios do que lhe aflige.  E muitas das vezes a gente conta com pessoas que estão no poder, que não vive o que a gente vive. Não sabe o que passamos, nem se quer conhece a verdadeira fonte da violência dentro da comunidade.  Agora um jovem que vive o dia a dia de uma comunidade, ele sim pode falar o que ele precisa e tentar combater a violência", diz Cristiany Lima, adolescente protagonista.  

Outro aspecto proposto na formação dos adolescentes foi a criação de um espaço de debate online, onde as pessoas iram poder compartilhar experiências de enfrentamento de direitos, partilhar informações a cerca de gênero, raça, direitos humanos, criar grupos de trabalhos, comunidades de aprendizagem, entre outros,  por meio de uma rede colaborativa de troca de informações.  
  
De acordo com Vinicius Moreira, adolescente protagonista do Inesc, a oficina de Formação de Formadores na perspectiva de funcionamento de rede, é de extrema importância, uma vez que os próprios jovens vão poder se articular por diversas organizações e ter contatos com pessoas, que talvez passem por realidades distintas ou iguais a suas, no enfrentamento a violência.

Vinícius, ainda comenta que a importância da participação do adolescente, no protagonismo pela mudança do cenário da violência, perpassa por questões históricas complexas. "O adolescente muita das vezes é criminalizado pela sociedade, e até mesmo pela mídia. Então, quando o adolescente se vê protagonista de seus direitos, e que ele tem voz, perspectiva social, tem vez dentro da sociedade, ele percebe que pode lutar, não só pelos seus direitos, como pelo direito de outros adolescentes dentro da sua comunidade no combate a violência", explica. 

Márcia Acioli comenta da importância do Jovem transgredir. Mas, transgredir por meio da inteligência e da articulação política. "Essa é a melhor maneira que o jovem tem hoje para lutar pelos seus direitos. Trabalhar com a dimensão da cultura e da arte nas intervenções urbanas, pode dar muitos frutos. Surpreender, chamar a atenção de uma maneira inusitada. Com recados bonitos, claros. E o principal. Dialogar com as autoridades para mudar essa nossa realidade, resalta.

Estiveram presentes na oficina Formação de Formadores os projetos Parceiros: Inesc - DF, SERPAF - MG, Casa da Juventude, Itaobim – MG, Projeto Legal – RJ, Meu Corpo, Meu bem – SP. E ainda, O Movimento de Organização Comunitária – MOC da Bahia, e o projeto Ação Educativa – SP.

Após os adolescentes debaterem a cerca da elaboração de um plano de comunicação e propor um plano de ação e sistematização dentro das suas comunidades a cerca de um levantamento dos focos de incidência de violência, foi criado o nome para o projeto, TEIA: Rede em Ação Por Direitos.


"É impressionante como os adolescentes se apropriam rapidamente dos temas e se engajam muito rápido em alguma militância. Um encontro como esse, propicia uma aproximação, um novo ponto de conexão com outros jovens que tem as suas militâncias, suas atividades, suas organizações. Enfim, essa soma de experiências de pessoas, para essas trocas de saberes é o ponto que alimenta o projeto", finaliza Márcia Acioli. 

29 de ago. de 2013

SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DESISTE DE PROPOSTA ALTERNATIVA À REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL.



Créditos Yuri Kiddo, do Promenino com Cidade Escola Aprendiz

Na tarde de 14 de agosto, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em conjunto com o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), realizou um ato no Congresso Nacional em defesa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) contra a redução da maioridade penal. A Câmara de Deputados ficou cheia, especialmente de crianças e adolescentes, além de representantes de organizações não governamentais que marcaram a data com o tema "Em defesa do ECA". Aquele movimento deixava claro para os parlamentares que as propostas de redução da idade penal que tramitam no Congresso Nacional não atendem às expectativas da sociedade civil organizada.

“Existem 19 projetos de lei dentro do Congresso que pedem a redução da maioridade penal. A sociedade civil, representada pelas instituições que trabalham no movimento pela infância e juventude, é veemente contra qualquer proposta reducionista”, afirma o coordenador geral do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), Rildo Marques. “Essa proposta lotaria mais ainda as unidades da Fundação Casa, não resolvendo o problema da violência, pelo contrário, faria com que aumentasse ainda mais”.

A última novidade sobre o tema foi uma proposta sobre Responsabilização Progressiva de Adolescentes Autores de Ato Infracional, que foi motivo de discussões a partir de 12 de julho em âmbito federal, no Conanda, e entre diversos movimentos de defesa e proteção dos direitos de crianças e adolescentes.

A proposta de Responsabilização Progressiva foi elaborada a pedido da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), com apoio técnico do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), como uma alternativa aos projetos sobre redução da maioridade penal, com objetivo de ampliar o tempo de internação dos adolescentes autores de ato infracional. Com isso, ao cometer uma infração considerada grave, a Justiça permitiria que o adolescente pudesse ser internado na Fundação Casa por até oito anos, de acordo com a idade. Veja na tabela abaixo.

Idade
Tempo de internação
Entre 12 e 13 anos 
Mínimo de 1 ano e 6 meses e máximo de 3 anos; 
Entre 13 e 14 anos 
Mínimo de 2 e máximo de 4 anos; 
Entre 14 e 15anos 
Mínimo de 2 anos e 6 meses e máximo de 5 anos;  
Entre 15 e 16 anos 
Mínimo de 3 e máximo de 6 anos;  
Entre 17 e 18 anos 
Mínimo de 4 e máximo de 8 anos;  

Quase um mês depois, em assembléia do Conanda naquele mesmo 14 de agosto, o Governo Federal desistiu do projeto. O MNDH foi o responsável por apresentar no Conselho documento com mais de 100 páginas contrário à proposta da Responsabilidade Progressiva, que ajudou a fazer com que a proposta caísse. A proposta não andou por que o governo se demonstrou “sensível ao posicionamento contrário da sociedade civil à responsabilidade progressiva”, segundo declaração da assessoria da SDH à reportagem do Promenino.

“A prioridade do Governo Federal mantém-se em sensibilizar a todos contrariamente à redução da maioridade penal, bem como concluir o Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo e assegurar uma política de melhorias nas instituições voltadas às medidas de meio fechado e qualificação do meio aberto, bem como a capacitação dos servidores que trabalham nas instituições”, afirmou a SDH.

Efetividade do ECA

Mas o debate deve continuar, não apenas da maioridade penal, mas de disputa pela reforma do ECA.Pelo Estatuto, a medida socioeducativa atualmente prevê a internação de, no máximo, três anos, e quem determina a pena é sempre um conjunto de decisões acertadas entre educadores, Ministério Público e Judiciário.

O documento da responsabilização progressiva defendia, como justificativas, a necessidade de alterar a Lei nº 8.069/90 do ECA (que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências).

O argumento era o de que o ECA teria sido elaborado há algum tempo, o documento é de 1990. O ECA “desconsidera completamente o desenvolvimento progressivo e contínuo da maturidade ocorrido durante a adolescência, estabelecendo um sistema único de responsabilidade infracional a ser imposto a todos os adolescentes infratores que cometerem atos mediante violência e grave ameaça à pessoa ou reiteração no cometimento de outras infrações graves, com previsão genérica da possibilidade de internação pelo período máximo de 3 anos”, explica um dos membros elaboradores da proposta de Responsabilização Progressiva, o advogado João Saraiva.

Ele diz que “o debate oferece uma perspectiva para mudar o foco da discussão, retirando esse olhar obtuso da redução da maioridade penal e trazendo o foco no âmbito do direito da criança no sentido de verificar níveis distintos de responsabilização do adolescente, que tem sua autonomia conquistada progressivamente”.Saraiva propõe uma reflexão em torno do modelo que o Estatuto estabeleceu em 1990, que, para ele, “não tem dado a resposta de confiança normativa e necessária. Isso tem causado um prejuízo à efetividade dos direitos da criança porque coloca em cheque a eficácia do ECA”.


De acordo com Saraiva, que defende a proposta de responsabilização progressiva, o Estatuto tem vários níveis de operacionalidade. “Um deles diz respeito à educação, saúde, transporte, políticas públicas, lazer. Essa parte tem sido suficientemente satisfeita? Não, não tem”.

Por outro lado, há um problema quando o sistema protetivo que envolve a atuação dos conselhos tutelares enquanto organismos de garantia de direitos não é satisfatório. “Ninguém apresenta alternativas para prevenção à violência, sempre são para repressão. E a repressão não traz hoje concretamente nenhum dado de recuo da violência, ao contrário, a quantidade de violência vem crescendo. Ninguém fala de medidas de prevenção, que é a primeira parte do Estatuto da Criança e do Adolescentes”, defende o coordenador geral do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), Rildo Marques.

Quando se questiona a efetividade do ECA, pouco se faz na prática para garantir e proteger direitos, além da aplicação de medidas socioeducativas, segundo Marques, que usa o exemplo das duas rebeliões que ocorreram em São Paulo, na semana do dia 14 de agosto. “Certamente essas rebeliões são para provocar, na sociedade, esse apelo da redução da maioridade contra os meninos. Uma Fundação que procura fazer a reeducação desses jovens não tem rebelião, quando isso acontece é porque o governo está fazendo tudo errado”.
Para ele, a solução seria investir em políticas públicas de qualidade. “O caminho é que o governo do Estado, por exemplo, o de São Paulo, invista em políticas de educação efetivas, saúde, cultura, sobretudo na periferia”.

Responsáveis pela violência

Existe um discurso que tenta justificar a redução da maioridade penal ou o aumento da pena para adolescentes por considerar que os jovens são os grandes responsáveis pela violência no país. Porém, um estudo do Ministério da Justiça revelou que, em 2011, os crimes com morte representaram 10,3% dos atos infracionais cometidos por adolescentes, enquanto 43,7% dos meninos e meninas que cumprem medidas socioeducativas cometeram atos infracionais sem o uso de violência, como furto, por exemplo.

A juventude no Brasil morre muito mais do que mata. Os assassinatos cometidos por adolescentes em conflito com a lei equivalem a menos de 1% de todos os crimes cometidos no país, diz pesquisa do Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente (Illanud). Já o Mapa da Violência de 2012 aponta que os jovens representam 67,1% das vítimas de armas de fogo no país.

Já o Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos e a Flacso Brasil (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais) avaliam que a cada três mortos por arma de fogo dois estão na faixa dos 15 a 29 anos, e que o número de negros assassinados é 133% maior que o de brancos, em todas as faixas etárias. “Isso mostra a falha do Estado de não promover uma cultura de igualdade e de paz. Ao contrário, promove uma cultura desigual e autoritária, e a população desinformada não vê outras formas e alternativas, acha que com a redução da maioridade penal a violência vai ser reduzida. É um erro que os meios de comunicação ajudam a fomentar, sem aprofundamento”, reflete o coordenador do MNDH.

Ainda de acordo com o Mapa da Violência 2012, o Brasil é o 4º país entre 99 pesquisados que mais mata crianças e adolescentes no mundo, com taxa de 44,2 por cem mil, ficando atrás apenas de El Salvador, Venezuela e Trinidade e Tobago. 


12 de jul. de 2013

AUXÍLIO NA ÁREA DE DEFESA E APOIO AOS DIREITOS HUMANOS

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, por meio de edital publico, disponibiliza a captação de recursos para apoio a projetos na área de Defesa dos direitos Humanos. 

Podem apresentar propostas para o programa entidades privadas sem fins lucrativos que atuem nas áreas dos Programas de direitos humanos, com o fito de captar recursos para atendimento ao público - crianças e adolescentes, juventude negra e pessoas com deficiência - no estado de Minas Gerais.

IMPORTANTE:

     Cada um dos programas tem editais de seleção que estão disponíveis no Portal da SEDH: clique AQUI. 

Para ter acesso à descrição dessas oportunidades no Portal de Convênios, estão disponibilizados hiperlinks nos Códigos do Programa a baixo.





Os prazos para apresentação de propostas encerram-se em breve.

21 de jun. de 2013

DELEGAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA NO BRASIL LANÇA EDITAL PARA APOIO FINANCEIRO A ORGANIZAÇÕES




A União Européia no Brasil publicou edital para apoio financeiro a organizações brasileiras da sociedade civil que atuam com projetos de Direitos Humanos.

O objetivo é reforçar o papel da sociedade civil na promoção dos direitos humanos e das reformas democráticas, no fomento da conciliação dos interesses dos diferentes grupos e na ampliação da participação e da representação política.  

O edital, conta com duas chamadas: 1) luta contra a violência às mulheres, às crianças e adolescentes e ais grupos vulneráveis e 20 luta contra a violência aos defensores dos direitos humanos.

Estão disponíveis 900 mil euros nesse edital. A União Européia financiará entre 60% e 95% dos projetos apresentados, que dever ter duração entre 2 e 3 anos. No dia 27 de junho, das 14h30 às 17 horas, a União Européia realizará uma sessão de informação sobre o edital, no endereço: SHIS QI 07 – Bloco A- Lago Sul, Brasília – DF


O prazo para envio da proposta é até o dia 09 de agosto. Para mais informações acesse: 

25 de fev. de 2013

EDITAL PARA APOIO FINANCEIRO A PROJETOS DA FUNDAÇÃO LUTERANA DE DIACONIA



Com apoio financeiro de até 10 mil reais, a Fundação Luterana de Diaconia publica três editais para apoio a projetos sociais, com foco em projetos na região Norte, nos biomas da Mata Atlântica e do Pampa, ou na área de defesa de Direitos Humanos.

 Os objetivos são selecionar projetos de economia solidária, soberania e segurança alimentar e nutricional, e por ultimo, e mais restrito, projetos diaconais de promoção e defesa dos direitos humanos em contexto de violação de direitos e de violência, de instituições com vínculo confessional com a igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

O prazo para envio de propostas é até 17 de março. Mais informações acesse aqui o edital.

EMBAIXADA DO REINO DOS PAÍSES BAIXOS NO BRASIL APOIA PROJETOS DE DIREITOS HUMANOS E RSE



Organizações Não Governamentais podem enviar projetos para o edital da embaixada brasileira do Reino dos Países Baixos, que apoiará projetos na área de direitos humanos e responsabilidade social empresárias, com recursos do seu fundo de Direitos Humanos do Ministério do Reino dos Países Baixos. O prazo para envio das propostas é até 29 de março.

Acesse o link para mais informações http://migre.me/dpTOD
O Link para o edital em Português, aqui.