A KINDERNOTHILFE SE POSICIONA A RESPEITO DAS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL. :Cooperação e Desenvolvimento pela Infância e Juventude

20 de jun. de 2013

A KINDERNOTHILFE SE POSICIONA A RESPEITO DAS MANIFESTAÇÕES NO BRASIL.

Protesto na Praça - Belo Horizonte 
(Duisburg, 19.06.2013) Protestos em massa no Brasil

Milhares de pessoas manifestam sua insatisfação com relação à política. A população mais pobre do Brasil sofre com a deterioração constante da situação em que vive – e teme mais desvantagens em detrimento do Campeonato Mundial de Futebol e dos Jogos Olímpicos.

Muito dinheiro é investido em estádios e infra-estrutura, enquanto os hospitais e as escolas desmoronam. As pessoas que vivem nas favelas são confrontadas com o aumento dos preços e a criminalidade. A Kindernothilfe não desistirá de maneira alguma de seu compromisso junto às minorias.

“Parece que todos os recursos disponíveis foram e continuam sendo investidos na conclusão de estádios prestigiosos e na infraestrutura”, lamenta-se Rolf-Robert Heringer, o vice-diretor da Kindernothilfe. “No entanto, outros projetos importantes e necessários – como a construção de escolas e postos de saúde – são interrompidos e deixados de lado.

“No Rio de Janeiro, existem várias obras públicas na área da educação e saúde que foram executadas somente pela metade, e, não podem ser concluídas porque os recursos foram utilizados para outras finalidades”, diz Rolf-Robert Heringer. Além disso, ONGs locais apontam o aumento de problemas de corrupção nos grandes projetos de infra-estrutura.

As pessoas que vivem nos bairros mais pobres, e nas comunidades, queixam-se já há meses do aumento dramático da inflação: houve um aumento acentuado nos preços da cesta básica, do material de construção e dos aluguéis para moradias bem simples. Contudo, são justamente essas famílias de baixa renda que precisam comprar cimento, tijolos ou armações de ferro por preços acessíveis para que possam através do próprio esforço melhorar, pelo menos um pouco, as condições de moradia e de vida.


Os responsáveis políticos combatem com intensas operações policiais a violência e o tráfego de drogas nos bairros onde ocorrerão os eventos esportivos. Mas essa “pacificação” não acontece em todo o território. A conseqüência: os bandos violentos e os traficantes de droga se mudam cada vez mais para os bairros pobres que ficam bem longe dos estádios. E lá o risco de ser vítima de violência aumenta drasticamente. Segundo uma mãe cujo filho é atendido num projeto apoiado pela Kindernothilfe, na periferia de Rio de Janeiro: “Todos nós temos a sensação de que são os pobres do Brasil que pagam a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.”

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