BELO HORIZONTE É TEMA DE LEVANTAMENTO INÉDITO. VIOLÊNCIA CONTRA JOVENS NA GRANDE BH CHEGA A NÚMEROS ALARMANTES. :Cooperação e Desenvolvimento pela Infância e Juventude

29 de nov. de 2012

BELO HORIZONTE É TEMA DE LEVANTAMENTO INÉDITO. VIOLÊNCIA CONTRA JOVENS NA GRANDE BH CHEGA A NÚMEROS ALARMANTES.


Por Hudson Freitas

Belo Horizonte é a 6ª cidade mais populosa do Brasil, e a 7ª no ranking com maior taxa de homicídios, entre os jovens de 15 a 24 anos. Dados esses elaborado pelo Fórum das Juventudes da Grande BH, que no inicio de novembro lançou a “Agenda de Enfrentamento àViolência Contra as Juventudes”, o objetivo da criação da agenda é o de suscitar o debate e reivindicar políticas públicas a respeito das violências praticadas contra os jovens.    

Os dados apresentados no relatório tem como base o “Mapa da Violência 2011: Os Jovens do Brasil”, colaboração entre o Ministério da Justiça do Brasil e o Instituto Sagari. No ano de 2008 na capital mineira foram assassinados 477 jovens, uma média de quatro mortes a cada três dias. O índice de morte na faixa etária de 12 a 17 anos, é alarmante, e coloca Belo Horizonte no 6º lugar no ranking entre as capitais com maior índice de  Homicídios na Adolescência –IHA- Isso quer dizer que 1245 adolescentes poderão ser assassinados antes de completarem 19 anos.

 Além de Belo Horizonte outros três municípios da grande BH estão entre os 20 que mais registram homicídios na adolescência, são eles: Contagem em 13º, Betim em 19º e Ribeirão das Neves na 20º colocação do ranking.

A violência contra jovens e adolescentes não limita somente a agressão física ou homicídio, elas são a forma mais drástica, e a violência se expressa de variadas formas nas relações entre as pessoas.  Como explica Áurea Carolina Freitas, Cientista Social e representante da Associação Imagem Comunitária no Fórum das Juventudes: “Para chegar a uma situação de agressão física, tem outras coisas que já aconteceram. Um exemplo é o racismo que diminui o jovem negro e diz a ele as profissões que deve ocupar, os seus projetos, os seus sonhos. Isso Tudo vai condicionando uma existência que, no limite, até considera natural morrer com vinte e poucos anos numa guerra do tráfico”.

Políticas Públicas
De acordo com Juarez Dayrell, professor da Faculdade de Educação da UFMG e coordenador do grupo de pesquisa Observatório da Juventude, as políticas voltadas para os jovens obteve um avanço significativo, Juarez ainda comenta que no ano de 2003 falar de política voltada para a juventude era algo novo, não havia ideia de direitos e demandas específicos do jovens, e as  demandas centrais que existem hoje ainda não foram atendidas, e em Belo Horizonte é mais alarmante, avançou-se muito pouco, avalia o professor.

Percebe-se o reflexo dessa lentidão no plano Plurianual de Ação Governamental – PPAG- 2010/2013 para a cidade de Belo Horizonte. Após analise do Fórum das Juventudes constatou que nenhum dos programas da prefeitura de Belo Horizonte era políticas voltadas para a juventude.

Juarez reforça que é de extrema importância reconhecer o jovem como um sujeito de direitos e possibilitar a ele um atendimento intersetorial de suas demandas, como: emprego, educação, saúde e esporte, a fim de legitima-lo como um cidadão. 

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