FÓRUM NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. PARCEIRO KNH BRASIL, LANÇA O RELATÓRIO CADÊ? 2012. :Cooperação e Desenvolvimento pela Infância e Juventude

10 de dez. de 2013

FÓRUM NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. PARCEIRO KNH BRASIL, LANÇA O RELATÓRIO CADÊ? 2012.



No dia 6 de Dezembro o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Fórum DCA, parceiro KNH Brasil, por meio do comitê gestor do Projeto de Monitoramento dos Direitos da Criança e do Adolescente, Lançou o Relatório Crianças, Adolescentes em Dados e Estatísticas – CADÊ? 2012.

O Relatório faz parte de um sistema de Monitoramento dos Direitos DCA que contempla três etapas: elaboração do relatório, Plano de Comunicação e, por fim, o Plano de Incidência Política.  O CADÊ? 2012 traz a atualização de 56 dos 59 indicadores constantes no relatório do CADÊ? 2011. Assim dando continuidade à construção de séries históricas que possibilitam a leitura e a reflexão de uma trajetória de três anos consecutivos, com o objetivo de contribuir na incidência política em favor da infância.

O CADÊ? Brasil 2012 traz 56 indicadores sociais, distribuídos em 8 dimensões, baseados na Convenção dos Direitos da Organização das Nações Unidas: Demografia, Cidadania, Saúde, Educação, Habitação, economia, Justiça, Participação e Legislação. Todos os dados contidos no relatório são oriundos de fontes oficiais.

NÚMEROS PELA INFÂNCIA E A ADOLESCÊNCIA BRASILEIRA

De acordo com os dados do relatório, a população infanto-juvenil brasileira na faixa etária de 0 a 17 anos, passou de 57.243.809, em 2008, para 56.290.169 em 2010 e, posteriormente, para 56.027.564 em 2011. A referida análise apontou uma diminuição de 2,12% entre 2008 e 2011. Do total dessa população de 2011, 24.934.806 se declararam brancos, 3.605.779 pretos, 233.607 amarelos, 27.007.649 pardos e 245.723 indígenas. A projeção total dessa população do ano de 2000 ao ano de 2025 indica uma diminuição de 23% passando de 31.320.914 crianças e adolescentes do sexo masculino para 24.108.902 e da diminuição de 23,5% na população do sexo feminino de 30.562.379 para 23.376.280.

Outro aspecto o CADÊ? 2012 revelou  foi que o Brasil l apresentou mudança na distribuição percentual da população menor de um ano de idade, sem registro de nascimento: de (3,10%) em 2008 para (2,71%) em 2011, passando de um universo de 160.262 para 67.742 crianças em registro. Os estados do Pará (15.903) e do Maranhão (13.299) concentraram 43,10% dessa população, sem registro de nascimento, conforme dados de 2011. Os estados do Rio Grande do Norte, Espirito Santo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal não mais apresentam menores de um ano de idade sem registro de nascimento.

O Documento ainda apresenta uma redução na taxa de mortalidade infantil – por mil nascidos vivos - de 1,39% de 2008 para 2011, para 2011, passando de 15,02 para 13,63. Já a distribuição percentual de mortalidade por enfermidades respiratórias (na faixa etária de 0 a 4 anos), em 2011 no Brasil, foi de 0,024% o que representou 3.167 casos registrados. Os números implicaram em uma redução de 0,006% em relação a 2008, quando houve 3.522 casos.

Em relação à porcentagem de mães adolescentes, o Brasil apresentou, entre 2008 a 2011, uma redução, tanto na faixa etária de 12 a 14 anos (-0,01%), passando de 28.293 registros para 27.469, quanto na faixa de 15 a 17 anos (-0,32%), de 260.446 casos para 253.489.

 O relatório informou ainda, que, em 2011, o Brasil registrou 3.724 casos de mortalidade por causas externas dentro da faixa etária de 5 a 14 anos, implicando numa redução de 235 casos em relação a 2008. Por outro lado, na faixa etária de 15 a 17 anos os registros indicaram 6.846 casos, em 2011, o que representa um aumento de 593 casos se comparado a 2008.
 Em relação à distribuição percentual de crianças de 0 a 3 anos, matriculadas em creche da rede pública, houve uma notável diferença de 1,79% entre 2008 e 2011, conforme trouxe o CADÊ?2012, passando de 768.020 (7,16%) para 938.488 (8,95%) matrículas. Em relação aos registros de crianças de 4 a 6 anos na pré-escola da rede pública no Brasil, o passou de 24,08%, em 2008, para 40.39 em 2011, ou seja, de 2.101.087 matriculadas para 3.495.970.
 O CADÊ? Brasil destacou ainda, que em 2008, ingressaram no 1º ano do Ensino Médio 2.262.841 adolescentes dos quais 1.259.483 se encontravam em idade inadequada. No ano de 2011 de um total de 2.637.922 alunos 1.437.524 estavam com idade regular.

 A taxa de abandono do Ensino Fundamental do Brasil passou de 4.40, em 2008, para 2.80 em 2011 enquanto no Ensino Médio a taxa de abandono passou de 12,80 para 9,50.

Os dados do CADÊ?2012 revelaram que a população de 0 a 17 anos que não possuem água encanada em sua residência, tanto na área rural (de 4.419.864 para 3.633.493) quanto na área urbana (de 2.047.945 para 1.538.249 crianças e adolescentes), diminuiu de 2008 para 2011. Em relação à população que não possui rede de esgoto em sua residência na área urbana passou de 10.184.291 para 8.366.342 crianças e adolescentes, enquanto que na área rural passou de 5.786.838 para 5.383.563.

Do total da população de 0 a 17 anos, o relatório destaca que 112.354 crianças e adolescentes não possuem energia elétrica em sua residência tanto na área rural quanto na área urbana.

O número de homicídios na população de 0 a 19 anos de idade, entre os anos de 1997 a 2011, apresentou um salto de 6.645 casos registrados para 8.894. Vale destacar os expressivos aumentos ocorridos nos Estados do Alagoas (423,33%) de 90 casos para 471, Maranhão (370,27%) de 37 casos para 174 e Pará (358,87%) de 124 casos para 569. O número de homicídios na população adolescente passou em 1997 de 4.601 para 6.502 registros em 2011.


Para outras informações a respeito do CADÊ? 2012. Acesse os links:



Confira também os dados detalhados do CADÊ? Minas Gerais 2011. Aqui. 

Os referidos números serão trabalhados pelo Fórum DCA na etapa de incidência política, contemplada no Projeto de Monitoramento dos Direitos da Criança e do Adolescente.

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