28 de jun. de 2011

Violência escolar impacta a aprendizagem

A violência escolar é uma questão que desperta grande preocupação entre professores, pais, estudantes e formuladores de políticas. O tema tem sido bastante discutido por especialistas e pelos meios de comunicação.

Evidências mostram que há relação entre as características do ambiente escolar e o desempenho dos estudantes e seu comportamento. Embora houvesse indícios dessa conexão, esse impacto ainda não havia sido quantificado. O economista Sergio Firpo, da Fundação Getulio Vargas (FGV- SP), levando em consideração esse contexto, investigou a relação entre violência escolar e a proficiência dos estudantes.

O estudo, que foi apresentado no final de maio durante o Seminário Itaú de Avaliação Econômica de Projetos Sociais, em Salvador, mostra que, em média, estudantes que frequentam escolas mais violentas apresentam piores desempenhos em testes de proficiência. Episódios de violência nas escolas estão associados a reduções de proficiência escolar que vão de 1,8% na escola menos violenta a 3,1% na escola mais violenta da amostra analisada.

Para chegar a esses resultados, o pesquisador usou dados do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) 2003 e índices baseados em indicadores de violência dentro e fora da escola, reportados por diretores, professores e alunos. O estudo levou em consideração uma amostra de aproximadamente 80 mil estudantes, 6 mil professores, 3 mil grupos escolares e 1.800 escolas públicas.

Na opinião do especialista, a escola é um reflexo do que ocorre na sociedade. "As políticas públicas de repressão à violência são muito importantes, mas acredito que o combate a esse problema passe necessariamente por uma mudança cultural. É preciso mudar os hábitos no âmbito das famílias, das relações interpessoais e profissionais. Além disso, a abertura das escolas para a participação das famílias é uma questão que merece estar no foco das atenções. Essa ideia de que os pais não estão interessados em acompanhar o desenvolvimento escolar de seus filhos não é verdadeira", afirma.

Segundo dados da pesquisa, uma das principais questões relacionadas com a violência é a presença de tráfico e/ou consumo de drogas, problema notificado por aproximadamente metade das escolas brasileiras.

Além disso, o estudo investigou a correlação entre violência e a rotatividade dos professores. A existência de agressão física nas escolas e a presença de tráfico e/ou consumo de drogas reduz a probabilidade de as turmas terem apenas um professor de Português durante o ano acadêmico em aproximadamente 38% e aumenta a probabilidade de rotatividade em aproximadamente 6,5%.

O estudo também identificou que o número de estudantes em sala de aula e de beneficiários do antigo programa federal Bolsa-Escola são fatores que amplificam a correlação entre violência e proficiência. Para Firpo, no que se refere ao Bolsa-Escola, uma interpretação possível para esse resultado está no fato de que o programa atende comunidades economicamente mais vulneráveis e mais suscetíveis à violência.

Por outro lado, a pesquisa apontou que a qualificação e a formação recente dos professores são fatores que reduzem a correlação entre violência e proficiência. "Em minha avaliação, a partir dos resultados encontrados no estudo, apostar na formação contínua dos professores, atrair e reter talentos para a rede de ensino, a partir de um plano de carreira que inclua melhores salários, deveriam ser as ações prioritárias do poder público", finaliza.


Fonte:Fundação Itaú Social

27 de jun. de 2011

Ministério Público considera merchandising infantil ilegal

Para o Ministério Público, o merchandising infantil fere “o princípio da identificação obrigatória da mensagem como publicitária” e o Código de Defesa do Consumidor, que no artigo 37 “considera como abusiva a publicidade que se aproveita da deficiência de julgamento e experiência da criança”. Porém, a nota não incide sobre a publicidade infantil de forma geral, aborda somente o merchandising, que é a publicidade fora dos intervalos comerciais. Já a proibição da publicidade infantil está em tramitação há 10 anos na Câmara dos Deputados.

Se o Projeto de Lei 5921/01 for aprovado, a publicidade infantil considerada abusiva será proibida. A maioria das entidades ligadas à defesa do consumidor e aos direitos da infância é a favor da proposta e acredita que a publicidade deve ser direcionada aos pais, pois eles é que, de fato, tomam as decisões. Do lado contrário, está grande parte das organizações ligadas ao mercado de anúncios e à mídia, que defendem a autorregulamentação do mercado publicitário.

Em maio deste ano, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) organizou, na Câmara dos Deputados, um seminário para debater o Projeto de Lei 5921/01. Durante o evento, várias questões foram levantadas, como o fato de as agências de publicidade explorarem a influência dos filhos sobre os pais na hora da compra, a regulamentação do mercado publicitário por meio de leis de proteção à infância e a influência que a publicidade indiscriminada exerce na rotina e nos hábitos das crianças. O relator da proposta na CCTCI, deputado Salvador Zimbaldi (PDT-SP), não se posicionou, mas disse ser necessário um equilíbrio entre a proibição total e a proteção às crianças. A previsão é de que o deputado dê seu parecer ainda este ano. Se o parecer for favorável, o Projeto de Lei vai para a Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJ) e, se aprovada, vai para o Senado.

Fonte:direitosdacrianca

V Cavalgada Ambiental de Cabeceirinha discute Fraternidade e Vida

Saulo Cerezo e Meire Reis
Cáritas Diocesana de Januária

“Daí longe em longe, os brejos vão virando rios. Buritizal vem com eles, buriti se segue, segue. Para trocar de bacia o senhor sobe, por ladeiras de beira-de-mesa, entra de bruto na chapada, chapadão que não se devolve mais. Água ali nenhuma não tem – só a que o senhor leva.”
(Grande Sertão Veredas – Guimarães Rosa)

Em uma região que inspira autores como Guimarães Rosa, em sua obra “Grande Sertão: Veredas”, ações comunitárias com apoio da Cáritas buscam a promoção da vida e a preservação do meio ambiente. Neste intuito, no dia 17 de junho, foi realizada a V Cavalgada Ambiental da Comunidade de Cabeceirinha, que fica a 130 quilômetros da sede do município de Januária, no Norte de Minas Gerais.


Com a finalidade de promover a conscientização ambiental e buscar alternativas para evitar a degradação ambiental, a cavalgada foi organizada pela Cáritas Diocesana de Januária, através do Projeto Nossa Terra Solidária executado na comunidade, junto à Associação Comunitária de Cabeceirinha, e financiada pela KNH (Kindernothilfe), instituição alemã de apoio à criança e ao adolescente. O evento contou com efetiva participação, envolvendo jovens, homens e mulheres.


A quinta edição da Cavalgada Ambiental teve como tema a Campanha da Fraternidade 2011 - Fraternidade e a vida no Planeta, aprofundando a discussão já iniciada pela comunidade no mês de março. De lá pra cá, aconteceram várias atividades na escola, no grupo de jovens, nos povoados vizinhos, culminando com a cavalgada.


Durante o evento, que já virou tradição em Cabeceirinha, foram identificados os focos de degradação ambiental na comunidade e vizinhanças e discutida a relação do homem e da mulher do campo e das pessoas de outras realidades com essa degradação.


A cavalgada saiu do Centro Comunitário e, em um percurso de aproximadamente 20 quilômetros, foram realizadas paradas para discussões das possíveis mudanças e adoções de práticas ecológicas. Uma parada importante aconteceu na comunidade de Raposa, onde se encontra uma nascente de águas cristalinas, que se torna um dos afluentes do rio Pandeiros. Os moradores mais antigos da região lembraram que aquele era um córrego de grande volume d’água. Hoje, apesar de ainda volumoso, o córrego reduziu mais da metade.


Outra importante parada aconteceu no povoado de Ribeirão, onde existe a presença de carvoeiras, atividade que gera extrema degradação ambiental. Neste momento, foi questionada a ilegalidade e o perigo da carvoaria para a região. A V Cavalgada Ambiental foi encerrada neste povoado com uma celebração participativa preparada pela comunidade. Após a celebração, todos degustaram um almoço coletivo na escola local.



21 de jun. de 2011

Centro vai unificar dados sobre exploração sexual infantojuvenil pela internet

O combate à exploração sexual de crianças e adolescentes pela internet vai ganhar mais um instrumento para melhorar o trabalho de investigações. O Centro Nacional de Proteção Online à Criança e ao Adolescente (Cenapol), que será lançado no mês que vem, vai reunir dados sobre os casos de abuso e exploração pela rede mundial de computadores.

De acordo com o gerente do projeto e delegado da Polícia Federal, Stenio Sousa, a ideia é concentrar em um único local informações colhidas pelas polícias Federal, Civil e Militar, evitando duplicidade nas investigações. Outra linha de atuação prevê treinamento de agentes para identificar como os agressores operam na internet e o perfil das vítimas.

Atualmente, não se sabe, por exemplo, o número de sites usados no país para pornografia e e exploração sexual, disse o delegado que participou nesta segunda-feira (13) de um encontro com autoridades canadenses sobre o combate à violência sexual infantojuvenil pela internet, promovido pela organização internacional Proteção da Criança e do Adolescente (CPP).

Sousa afirmou que o treinamento e a integração de dados deve começar pelo Distrito Federal, por São Paulo e pelo Rio de Janeiro. A implantação em todo o país está prevista até 2016. No entanto, o lançamento do Cenapol não significa que o centro sairá efetivamente do papel. Segundo o delegado, os recursos ainda não estão garantidos. “Estamos em busca dos recursos. Esperamos que venham do Pronasci [Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania]”, disse.

Projeto Nossa Terra Solidária discute desenvolvimento local


Nos dias 6 e 7 de junho, foi realizado o encontro "Desenvolvimento Local - Avanços e Perspectivas para o Futuro", em Januária, Norte de Minas Gerais. O encontro reuniu lideranças da comunidade Cabeceirinha, coordenador e assessor da KNH Regional SECO, representantes do núcleo PPJ da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e assessores da Cáritas Regional Minas Gerais e Diocesana de Januária.

O encontro teve o objetivo de avaliar a caminhada do Projeto Nossa Terra Solidária, executado pela Cáritas Regional Minas Gerais, em parceria com a Cáritas Diocesana de Januária e desenvolvido na comunidade de Cabeceirinha, zona rural de Januária.

Celma Pereira dos Santos conta que o projeto trouxe conhecimento para a comunidade através dos momentos de formação. “Também trouxe melhoria na saúde, na educação e mobilizou os jovens, que antes do projeto nem falavam nas reuniões”, lembra ela. Os participantes do encontro identificaram os principais desafios enfrentados pela comunidade e discutiram como avançar rumo ao Desenvolvimento Sustentável Solidário no território.
Para Valentim Barbosa dos Santos, vice presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Cabecerinha, o projeto Nossa Terra Solidária tem sido muito importante para a comunidade. Com ele, Cabeceirinha já conseguiu agroindústrias de cana e mandioca, um Centro de Formação, trabalhar com a piscicultura, a apicultura e a produção de material de limpeza pelas mulheres, entre outras conquistas. “Aprendemos com o projeto a cobrar nossos direitos, através do Nossa Terra Solidária, todo mundo tem água e luz. Hoje, nós já andamos mais da metade do caminho”, conta orgulhoso Seu Valentim.

O encontro contou com a participação das lideranças comunitárias, que ajudaram a desenhar a comunidade em sua trajetória, desde antes do projeto até o momento atual, apontando os anseios e sonhos para o futuro. Para a coordenação do encontro, o olhar da comunidade, juntamente com as entidades que executam o projeto e parceiros, permitiu se ter uma avaliação dos erros, acertos e de como é possível melhorar para os próximos projetos a serem desenvolvidos.

Trecho extraído de http://www.caritasmg.org.br

Estão abertas as inscrições para o curso “Políticas Sociais, Seguridade Social e Saúde"

Estão abertas as inscrições para o curso “Políticas Sociais, Seguridade Social e Saúde”, que faz parte da série de ações voltadas para a formação em Cidadania para a Saúde, promovida pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), e coordenados pelos Núcleos do Cebes. A segunda edição do evento acontecerá no período de 30 de junho a 02 de julho, em Belo Horizonte. As vagas são limitadas.

O projeto, que será realizado em várias partes do Brasil, tem apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), do Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), e da Universidade Aberta do SUS (UNASUS). Organizados em 10 módulos temáticos – “Capitalismo e Saúde”, “Reforma Sanitária: trajetória e rumos do SUS”, “Desenvolvimento, Trabalho, Saúde e Meio Ambiente”, “Saúde, Democracia e Processos Participativos”, “Políticas Sociais, Seguridade Social e Saúde”, “Questão Agrária e Saúde”, “Violência e Saúde”, “Trabalho em Saúde”, “Diversidade Cultural e Saúde” e “Violência e Saúde” -, os cursos – com duração de 16 horas cada – serão ministrados por professores e pesquisadores das áreas específicas.

O objetivo é dar início a um amplo processo de formação política para apoiar o ativismo em saúde, a partir da oferta de elementos para a reflexão e a crítica sobre os assuntos selecionados.

Mas informações
O Instituto HSBC de Solidariedade recebe, até o dia 8 de julho, inscrições para o processo seletivo 2011 de financimento de projetos voltados para a redução da vulnerabilidade social e pessoal de crianças e adolescentes. Serão premiadas iniciativas voltadas para a diminuição da exploração do trabalho infantil, dos índices de exploração sexual, dos índices de violência doméstica e para o aumento dos índices de retorno familiar ou de adoção, entre outros. Todas as ações devem estar aliadas ao desempenho escolar. Ao todo, serão destinados R$ 4,2 milhões a 60 projetos selecionados.

Mais informações
Até o dia 30 de junho, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011recebe inscrições de instituições que desenvolavam tecnologias sociais já aplicadas, implementadas em âmbito local, regional ou naciona,l que sejam efetivas na solução de questões relativas a “alimentação, educação, energia, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, renda e saúde”. Serão concedidos nove prêmios, cada um no valor de R$ 80 mil.

Mais informações

12 de jun. de 2011

OIT: mais de 100 milhões de crianças em todo o mundo trabalham em atividades perigosas

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou hoje (10) relatório sobre o trabalho infantil perigoso. Os dados mostram que há no mundo 115 milhões de crianças (7% do total de crianças e adolescentes) nesse tipo de atividade. Segundo o relatório, esse número é quase metade dos trabalhadores infantis (215 milhões). É considerado trabalho perigoso qualquer tipo de atividade que possa ser prejudicial à saúde e à integridade física e psicológica da criança.

O relatório também afirma que embora o número total de crianças entre 5 e 17 anos em trabalhos perigosos tenha caído entre 2004 e 2008, houve aumento de 20% na quantidade de crianças entre 15 e 17 anos nessas atividades, passando de 52 milhões para 62 milhões.

O documento diz que o maior número de crianças em trabalhos perigosos está na Ásia e no Pacífico, onde há 48,1 milhões. Contudo, é na África Subsaariana que se encontra o maior número proporcional de crianças em
trabalhos perigosos - são 38,7 milhões para uma população total de 257 milhões.

Na América Latina há 9,43 milhões de crianças desenvolvendo trabalho perigoso. Nas outras regiões, como a Europa e a América do Norte, há registro de 18,9 milhões de crianças nesse tipo de atividade.

O estudo afirma ainda que a redução do trabalho infantil perigoso foi maior para as meninas do que para os meninos. Entre 2004 e 2008 houve uma redução de 9% no número de meninos realizando trabalhos perigosos,
enquanto no mesmo período a redução do número de meninas foi 24%.

A agricultura é o setor onde há o maior número de crianças trabalhando, 59% delas em atividade perigosa, com idade entre 5 e 17 anos. Fazem parte desse setor a pesca, a silvicultura, o pastoreio e a agricultura de subsistência. O restante está dividido entre o setor de serviços (30%) e em outras atividades (11%). O relatório diz ainda que pelos menos um terço das crianças faz trabalhos domésticos e não recebe nenhuma remuneração para isso.

O estudo afirma ainda que as crianças e os jovens que desenvolvem trabalho perigoso sofrem mais acidentes do que os adultos. O relatório cita que Agência Europeia para a Seguridade e Saúde no Trabalho chegou à conclusão de que os jovens tem 50% mais chances de sofrer alguma lesão do que os adultos.

O estudo lembra que no Brasil, foram registrados entre 2007 e 2009 mais de 2,6 mil lesões de trabalho em crianças. No Chile, em 2008, foram observadas mais de mil lesões em jovens com idade entre 15 e 17 anos.

Para acabar com o trabalho perigoso de crianças e de adolescentes em todo o mundo,o relatório recomenda a todos os governo que sejam tomadas medidas com base em três eixos. A primeira é que os governos devem assegurar que as crianças frequentem a escola até, pelo menos, a idade mínima permitida para o trabalho. Os governos também devem melhorar as condições sanitárias próximas aos locais onde é realizado o trabalho e adotar medidas específicas para jovens que tenham entre a idade mínima para trabalhar e 18 anos.

Também devem ser adotadas medidas jurídicas para atuação contra o trabalho infantil perigoso, com a colaboração de empregadores e trabalhadores.

Fonte:promenino

Dia 12 de junho - Mundial contra o Trabalho Infantil



Projeto Lanterna Mágica em que adolescentes fazem vídeo sobre o tema

Crianças do "Sombra e Água Fresca" de BH se apresentam nos USA

Um grupo com 13 crianças do Projeto "Sombra e Água Fresca" ,parceiro da KNH,de Belo Horizonte, MG, se prepara para uma apresentação nos Estados Unidos. Elas serão uma das atrações na Conferência da Virgínia da Igreja Metodista Unida.

Veja o relato da educadora social Dulce Balmant, sobre esta empolgante viagem:

O SONHO SE TORNA REALIDADE

Tudo começou quando o casal de missionários americanos Dot Ivey e Daniel foi prestigiar as celebrações dos 10 anos do Projeto “Sombra e Água Fresca” na Universidade Metodista de São Paulo - UMESP, em outubro de 2010, e viu o pequeno grupo representativo do Projeto, na 4ª Região, tocando suas flautas e percussão. Daí, logo depois, veio o convite da Igreja Metodista Unida, para que este grupo representasse o Projeto em sua Conferência Virgínia que ocorrerá em junho de 2011, assumindo totalmente os custos das passagens e estadia das crianças e educadoras em terras do Sr. Obama.

A comunicação do convite por Teca Greathouse (Agente nacional do Projeto sombra e Água Fresca) às crianças, deu início ao delicado processo de seleção (porque o grupo teria que ser em menor número,) e preparação destas crianças para a tão sonhada viagem aos Estados Unidos!

A aquisição dos passaportes e mais tarde dos vistos, veio acompanhada de muita tensão e expectativa! (Mencionamos aqui com muita gratidão a pessoa da educadora Bia Marques que foi quem providenciou toda a parte burocrática do processo, orientada tão pacientemente por Teca.) Quando saímos do Consulado Americano em SP com os passaportes carimbados com o visto, oramos agradecendo a Deus pela grande conquista. Agora, só restava esperar pelo grande momento da viagem.

CONTAGEM REGRESSIVA PARA A ÍDA AOS ESTADOS UNIDOS

OS ENSAIOS:
As crianças e adolescentes do Projeto “Sombra e Água Fresca” do B. Liberdade (Rib. das Neves) e S. Gabriel (BH) farão o seu ultimo ensaio antes da viagem, no sábado, dia 04 de junho. Vamos viajar no dia 10. E gostaria de relatar aqui como tem sido esta preparação.

O clima é de muita adrenalina, sonhos, agitação e elevação (às vezes, exacerbada) da auto-estima! A turminha anda difícil de ser conduzida, tal é a excitação que tem tomado conta deles durante toda a preparação para a viagem!

Enquanto nos preparamos vamos atendendo convites para apresentação por aqui, o que serve de ensaio geral.

Mas é curioso, interessante, observá-las. Estão impossíveis, indóceis, cheias de segurança sobre si mesmas. Às vezes extrapolam na esnobação com os demais coleguinhas! Outras vezes ficam rebeldes com os pais sobre algumas questões relativas à viagem... Mas o mais gratificante é ver o retorno do esforço delas!

Treinamos cerca de 16 músicas para levarmos aos EUA. A maioria delas já são executadas de cor! E chegam até a criar arranjos espontaneamente!...Muito Legal!

Também estamos ensaiando três canções em inglês para cantarmos junto com as crianças de lá. Aí, entra a parte mais divertida: a pronúncia deles cria uma outra língua! Acho que será difícil entender.... Mas é muito divertido! Mas creio que misturadas às outras crianças, eles não farão feio! Mas definitivamente, são melhores tocando.

Ontem fomos nos apresentar num FÓRUM sobre o Meio Ambiente, evento da Prefeitura de Ribeirão das Neves/MG. Saíram-se super bem. Abrimos o evento com o Hino Nacional Brasileiro. Minutos depois já estávamos recebendo convite pra tocar numa formatura!...Ah, eles ficam vaidosos!...Mas infelizmente por estar em cima da hora o convite não pôde ser aceito!

Domingo eles se apresentarão na Igreja Metodista do B. União e lá receberão oficialmente a bênção pra viagem. Seus pais irão também. É um grande momento pra todos nós! Que Deus nos ajude!

5 de jun. de 2011

Violência doméstica obriga crianças e adolescentes a viverem nas ruas

Eles abandonam suas casas por terem sofrido abuso sexual ou algum outro tipo de violência doméstica. São meninos morenos ou pardos com idade entre 12 a 15 anos, que não concluíram nem o primeiro grau e costumam sobreviver nas ruas com cerca R$ 80,00 por semana. Esse é o perfil da maioria dos garotos de rua no país, constatado pela Pesquisa Censitária Nacional sobre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua, divulgada pela Secretaria de Direitos Humanos.

As brigas familiares e o abuso sexual são responsáveis por 71,6% dos meninos deixarem a família. Os dados apontam que 32,2% das crianças e adolescentes brigaram com pais e irmãos, 30,6% foram vítimas de violência física e 8,8% sofreram abuso sexual.

A pesquisa realizada com 23,9 mil meninos em 75 cidades brasileiras mostra ainda que há predominância do sexo masculino (71,8%), com idade entre 12 e 15 anos (45,13%). A maioria é parda ou morena (49%) e embora a maior parte deles esteja em idade escolar, 79,1% não concluíram o primeiro grau e 8,8% nunca estudaram.

Entre as crianças e adolescentes que nunca voltam para a família e dormem nas ruas, somente 23,3% buscam abrigo em casa de amparo. Outros 62,1% preferem dormir nas ruas. A falta de liberdade dentro das instituições (59,4%), a proibição do uso de drogas e álcool (38,6%) e a obrigatoriedade em respeitar os horários (26,9%) são apontados como os motivos principais para não frequentar os abrigos.

Eles sobrevivem pedindo dinheiro e alimentos ou trabalhando com a venda de produtos de pequeno valor (balas e chocolates), como engraxate, guardando carros ou na separação de lixo reciclável.

Entre os meninos que costumam dormir nas ruas, 77,1% relataram sofrer algum tipo de preconceito e discriminação, principalmente ao tentarem entrar em comércios (36,6%), no transporte coletivo (31,1%) e em bancos (27,4%).

Fonte: Childhood Brasil

2º DOC Futura

De 30 de maio a 15 de julho, o Canal Futura recebe inscrições para o 2º DOC Futura, pitching que vai selecionar um projeto de documentário de 52 minutos para coprodução e exibição. Não há delimitação temática e narrativa, mas o canal busca, sobretudo, projetos que tratem de assuntos relacionados aos direitos humanos. O projeto vencedor receberá o valor máximo de R$110 mil, verba que deve incluir todas as etapas de formatação, conteúdo, pesquisa, direitos autorais, produção, realização e finalização. O público-alvo é livre.

“Os projetos que têm maiores chances de vencer são aqueles que tratam de temas provocadores, instigantes, que possam levar nosso público a refletir a partir de uma abordagem igualmente inusitada. Também daremos preferência a temas ligados aos direitos humanos que sejam de grande valia para a nossa sociedade e ainda pouco abordados na mídia”, explica a gerente de Conteúdo do Canal Futura, Débora Garcia.

A relação completa dos projetos selecionados para apresentação à banca examinadora será divulgada no dia 29 de julho. O pitching acontece no dia 12 de agosto, com divulgação do vencedor no dia 15 de agosto.

Esta é a segunda vez que o Canal Futura promove um pitching exclusivamente para documentários. O 1º DOC Futura, que tinha a temática da pobreza, selecionou o projeto Leva, da jovem produtora paulista Preta Portê Filmes. A produção, que foi ao ar no último mês de maio, abordou a questão do déficit de moradia no Brasil ao mostrar o dia a dia de um prédio habitado por integrantes de movimentos de ocupação urbana da cidade de São Paulo.

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Curso para conselheiros recebe inscrições até dia 8 de junho

Vai até o dia 8 de junho o prazo para inscrição no curso de atualização “Teoria e Prática Conselheiros Tutelares e dos Direitos da Criança e do Adolescente”, na modalidade à distância. A iniciativa é da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Ao todo são oferecidas 779 vagas para Conselheiros Tutelares, Conselheiros de Direitos ou que componham a rede de atendimento a crianças e adolescentes. O objetivo da qualificação é desenvolver competências conceituais, comunicativas, interpessoais e políticas para que o profissional possa reconhecer na legislação existente os mecanismos para zelar e garantir a promoção dos direitos da população infantojuvenil.

O edital completo pode ser acessado no site da Fiocruz, onde constam as normas para o processo seletivo. Para que o candidato seja selecionado é necessário que esteja exercendo o mandato (se for conselheiro) ou que atue na rede de atendimento há pelo menos dois anos; que possua escolaridade de nível médio ou superior; que tenha habilidade, ou apoio, para utilização de computadores e os recursos de internet; entre outros pré-requisitos.

Os candidatos interessados deverão solicitar o pedido de inscrição pela internet, preenchendo a ficha que está disponível no endereço eletrônico http://inscricao.ead.fiocruz.br/194. Além disso é necessário que o candidato encaminhe vie ECT os documentos exigidos. O curso será integralmente financiado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Fonte:direitosdacrianca

Encontro Renas 2011

Um Brasil mais justo – com menos desigualdade econômica e social e com mais dignidade humana – tem sido o sonho de muitos. Todavia, entre o sonho e a ação existe um grande fosso. Os que defendem ideologicamente um país melhor a partir, principalmente dos mais pobres, nem sempre criam – ou reclamam – alternativas para isto. Um dos caminhos básicos para se alcançar estes ideais, essencialmente cristãos, é o da participação ao invés da omissão. Tiago declarou: quem sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado (Tg 4.17).

Quem não participa, fica refém dos acontecimentos e das conseqüências das ações e decisões de outros. Quem se envolve e participa está atento aos fatos e faz a hora, não espera as coisas acontecerem.

Vários personagens bíblicos ousaram participar e trabalhar em prol da justiça, na perspectiva do Reino de Deus, o que gerou dignidade e bem-estar para outros. Abraão, Moisés, Ester, Paulo, Dorcas foram agentes do Reino e – considerando-se as diferenças de contexto – fizeram “missão integral”, seguindo a direção de Deus. Um personagem se destaca de maneira singular: José do Egito. Ao invés de se entregar ao próprio infortúnio, José faz uma opção de não omissão. Não se afasta do chamamento divino, antes, participa do projeto de Deus, tornando-se a figura central em seu contexto para produzir justiça e preservar a vida de muita gente que pereceria de fome. Sua participação no projeto de Deus significou a construção de políticas públicas para a promoção da vida e da dignidade humana, a partir de sua família para os povos da terra: um exemplo de diaconia política. “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; Deus, porém, o intentou para o bem, para fazer o que se vê neste dia, isto é, conservar muita gente com vida” (Gn 50.20).

O VI Encontro Renas, a realizar-se na região do Planalto Central onde se discutem os grandes destinos políticos da nação, vai refletir acerca de nossa participação pública para a promoção da justiça, segundo os fundamentos bíblicos da missão integral da igreja.

Diversas pessoas, organizações e igrejas tem feito muita coisa bonita na prática da Missão Integral de Norte a Sul de nosso país e parte significativa dessas ações são compartilhadas nos encontros da RENAS, de maneira que é uma ótima oportunidade de aprendizagem e inspiração. Você, portanto, é muito bem vindo para este encontro de capacitação, comunhão, participação e serviço em prol da justiça do Reino de Deus.

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FNDCA lança relatório de Monitoramento de Dados

FNDCA lança relatório de Monitoramento de Dados sobre Infância e Adolescência brasileira

O Brasil registra uma necessidade histórica de sistemas de dados e informações que possam orientar o monitoramento com o enfoque nos Direitos da criança e do adolescente. Neste sentido, o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (FNDCA), implementou o "Projeto de Monitoramento de Direitos da Infância e Adolescência, baseado em dados estatísticos", pautada na experiência consolidada no “Guia Metodológico para a Construção de um Sistema de Indicadores sobre a Infância“, da Fundación Annie E. Casey (AECF) em parceria com a REDIN (Red Los Derechos de la Infancia en México). O Projeto ganhou concretude com o apoio de relevantes parceiros que acreditaram na sua importância e necessidade. O Instituto Marista de Assistência Social - IMAS é um dos parceiros, que assumiu a equipe técnica responsável pela elaboração do "Relatório de Monitoramento de Dados da Infância e Adolescência Brasileira”. O Comitê de Monitoramento do Projeto é composto pelas Entidades que representam o Secretariado do Fórum Nacional DCA, as Aldeias Infantis S.O.S. do Brasil, a Associação Brasileira de Magistrados e Promotores de Justiça da Infância e da Juventude – ABMP, o Conselho Federal de Serviço Social – CFESS, a União Catarinense de Educação – UCE e pelas Organizações apoiadoras e incentivadoras do projeto, os Maristas, o instituto C&A, o Conselho Federal de Psicologia - CFP, a KindernothilfeKNH, a PLAN Internacional - Brasil e a Visão Mundial.

O relatório consiste em importante ferramenta que servira de subsídios para fortalecer a atuação dos Conselhos de Defesa e fomentar a incidência política da sociedade civil na perspectiva da garantia de direitos da criança e do adolescente. O relatório traz, ainda, o perfil por Unidade da Federação e cada Estado terá informações detalhadas sobre a realidade da criança e do adolescente em sua localidade.


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