Por Hudson Freitas
Belo Horizonte é a 6ª cidade
mais populosa do Brasil, e a 7ª no ranking com maior taxa de homicídios, entre
os jovens de 15 a 24 anos. Dados esses elaborado pelo Fórum das Juventudes da
Grande BH, que no inicio de novembro lançou a “Agenda de Enfrentamento àViolência Contra as Juventudes”, o objetivo da criação da agenda é o de
suscitar o debate e reivindicar políticas públicas a respeito das violências
praticadas contra os jovens.

Além de Belo Horizonte outros três municípios
da grande BH estão entre os 20 que mais registram homicídios na adolescência,
são eles: Contagem em 13º, Betim em 19º e Ribeirão das Neves na 20º colocação
do ranking.
A violência contra jovens e
adolescentes não limita somente a agressão física ou homicídio, elas são a
forma mais drástica, e a violência se expressa de variadas formas nas relações
entre as pessoas. Como explica Áurea
Carolina Freitas, Cientista Social e representante da Associação Imagem Comunitária
no Fórum das Juventudes: “Para chegar a uma situação de agressão física, tem
outras coisas que já aconteceram. Um exemplo é o racismo que diminui o jovem
negro e diz a ele as profissões que deve ocupar, os seus projetos, os seus
sonhos. Isso Tudo vai condicionando uma existência que, no limite, até
considera natural morrer com vinte e poucos anos numa guerra do tráfico”.
Políticas
Públicas
De acordo com Juarez
Dayrell, professor da Faculdade de Educação da UFMG e coordenador do grupo de
pesquisa Observatório da Juventude, as políticas voltadas para os jovens obteve
um avanço significativo, Juarez ainda comenta que no ano de 2003 falar de
política voltada para a juventude era algo novo, não havia ideia de direitos e demandas
específicos do jovens, e as demandas
centrais que existem hoje ainda não foram atendidas, e em Belo Horizonte é mais
alarmante, avançou-se muito pouco, avalia o professor.
Percebe-se o reflexo dessa
lentidão no plano Plurianual de Ação Governamental – PPAG- 2010/2013 para a
cidade de Belo Horizonte. Após analise do Fórum das Juventudes constatou que
nenhum dos programas da prefeitura de Belo Horizonte era políticas voltadas para
a juventude.
Juarez reforça que é de
extrema importância reconhecer o jovem como um sujeito de direitos e
possibilitar a ele um atendimento intersetorial de suas demandas, como:
emprego, educação, saúde e esporte, a fim de legitima-lo como um cidadão.
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