A KNH Brasil diariamente, luta na promoção da infância. E que os
maus-tratos de crianças, adolescentes e outras pessoas vulneráveis, que, são
problemas diários ao redor do mundo, existindo tanto em países em
desenvolvimento como também em países industriais, possam acabar.

Por isso, a Kindernothilfe, a fim de aumentar seus esforços para
responder a casos de abuso infantil e preveni-lo dentro de nosso trabalho associou-se
à rede internacional “Keeping Children Safe Coalition”. E durante os dias 8, 9
e 10 de maio, reuniu na cidade de Belo Horizonte 33 participantes de diversos
projetos parceiros, para um momento de capacitação a respeito das políticas de
proteção infantil.
Durante os três dias foi construída durante a Oficina de PPI, por todos os participantes presentes uma nota de repudio contra a redução da maioridade penal no Brasil, que compartilhamos a seguir:
NOTA DE AFIRMAÇÃO E
POSICIONAMENTO CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL.
Estamos
vivendo mais uma vez um momento histórico nacional, onde novamente os
brasileiros são convidados a refletirem sobre a redução da maioridade penal. Em
momentos de grande comoção nacional torna-se difícil realizar análises
fundamentadas nos Direitos Humanos e sociais, neste caso em especial das
crianças e adolescentes.
É
delicado tomar decisões sobre um tema importante no momento em que a sociedade
está sendo bombardeada por uma mídia tendenciosa com notícias de caráter
sensacionalista que não leva em consideração a criança e o adolescente como
seres em desenvolvimento.
Nós,
entidades apoiadas da KNH Brasil e parceiras desta, reafirmamos o nosso
posicionamento contra a redução da maioridade penal.
Como
preconiza a Lei 8.069/90, Estatuto da Criança e do Adolescente, “crianças e adolescentes são sujeitos de
direitos e como tal precisam ser protegidos vivenciando plenamente seus
direitos”. Da mesma maneira, vimos atuando na proteção e defesa dos
direitos infanto-adolescentes acreditando neste preceito.
O mesmo Estatuto prevê que na condição de
sujeito em desenvolvimento o adolescente que comete ato infracional, cumpra
medidas sócio educativas que contribuam para que ele
reconstrua as relações sociais em patamares de dignidade e
respeito.
O
SINASE, Sistema Nacional de Medidas Sócio Educativas, não foi posto em prática
pelo governo em tempo hábil para ser analisado pela sociedade e nem, os planos
de atendimento sócio educativos não estão implantados nos municípios. É
INEGÁVEL que estas políticas se bem executadas pelo estado podem corresponder
às necessidades sociais no que se refere a adolescentes que cometam atos
infracionais.
É
um equívoco pensar que o rebaixamento da idade penal diminui a violência.
Deste
modo, temos a convicção de que o sistema penitenciário do Brasil não
corresponderá à necessidade de desenvolvimento dos adolescentes e jovens. Este
mesmo sistema não contribui para ressocialização de homens e mulheres
institucionalizados.
Por
todos os aspectos supracitados convidamos a todos que assim como nós se
posicionam contra a Redução da maioridade penal que se manifestem publicamente
nos ajudando a mobilizar a sociedade brasileira acerca da proteção das crianças
e adolescentes contribuindo para seu desenvolvimento na construção de uma
humanidade mais justa e igualitária.
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Parceiros KNH Brasil |
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Parceiros KNH Brasil |
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Parceiros KNH Brasil Durante dinâmica da Oficina. |
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